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O Cante alentejano já é do mundo

O Cante Alentejano ultrapassou as fronteiras de Portugal e tornou-se parte do mundo. Foi na passada quinta-feira, em Paris, que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura considerou o Cante Alentejano como património imaterial da Humanidade, assim como há três anos fez com o Fado.

A candidatura deu, oficialmente, entrada no comité internacional da UNESCO no ano passado, a 28 de março. Há três semanas foi considerada “exemplar” pelo comité de avaliação e as expectativas eram altas.

Esta vitória foi muito importante para a região e pode abrir muitas portas para o Alentejo no futuro, defendeu o Presidente da Câmara de Serpa, que ajudou na promoção da candidatura à UNESCO.

O Cante resulta do “(can)to da (te)rra”, que reproduz a relação dos trabalhadores com a terra. Este cante é cantado sempre em grupo, sem instrumentos, incorporando sempre as raízes do Alentejo, terra-mãe deste canto.

Assim que se soube que o Cante Alentejano era Património da Humanidade, foi a uma só voz que o Alentejo conquistou a capital francesa, onde estava reunido o comité de avaliação, e se fez ouvir, tendo a atuação sido amplamente aplaudida, no final.

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, também já reagiu a esta condecoração afirmando que “o reconhecimento internacional desta forma de expressão tão genuína e singular enche-nos a todos de orgulho e deve servir de estímulo para que as novas gerações saibam ver na riqueza do passado um motivo de esperança num futuro melhor”.

Portugal é cada vez mais do mundo, com o seu património imaterial a ser cada vez mais reconhecido lá fora. Há três anos foi a vez de o Fado ser reconhecido como Património Imaterial da Humanidade e desde aí muito se tem feito para que o destino fadista seja cada vez valorizado. Agora chegou a vez do Cante Alentejano ser reconhecido e aplaudido em terras francesas.

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