Toy Story: O verdadeiro significado do filme
Creio que todos conhecem a Disney e os seus imensos filmes. São obras únicas e com momentos inesquecíveis e várias lições de vida. Um dos melhores filmes da Disney de todos os tempos é Toy Story, o tão adorado filme sobre brinquedos. No entanto, esta não é uma simples longa-metragem sobre brinquedos: ensina-nos a crescer, a sermos melhores pessoas e, sobretudo, a acreditar em nós mesmos.
A união faz a força
Não importa qual é a missão que eles têm ou como as coisas acontecem. Os brinquedos de Andy agem sempre juntos, como bons amigos que são. Ao estarem sempre unidos e a trabalhar em conjunto, estes são capazes de coisas inimagináveis. Eles sabem que este é o segredo para conseguirem alcançar o que querem.
Não julgar as pessoas pela aparência
Não se deve nunca julgar uma pessoa pela aparência ou por rótulos que a sociedade coloca. Isso fica bem claro em Toy Story. É só observar as personagens: um tiranossauro que tem medo de tudo, um ursinho de peluche do mal e um cowboy sensível são apenas alguns exemplos de que não se pode deixar que estereótipos julguem as pessoas. E ainda se pode falar dos estranhos brinquedos de Sid, o grande vilão do primeiro filme – uma cabeça de boneca com pernas de aranha de metal, uma mão que sai de uma caixa, um híbrido de carro e sapo. Graças a essa aparência estranha, Woody, Buzz e os outros personagens pensam que os brinquedos de Sid são, na verdade, maléficos, mas no fundo percebem que eles são realmente brinquedos que a criança destruiu e estão apenas a tentar sobreviver.
Todos merecem uma segunda oportunidade
Todos merecem uma nova chance e, dentro de cada um, existe uma história e um motivo para certos tipos de comportamentos, e exemplo disso é quando Buzz tenta arranjar o carro da patrulha espacial e Woody o empurra acidentalmente pela janela, graças a uma crise de ciúmes.
A seguir, decorre o resgate de Buzz na tão temida casa de Sid, onde Woody anuncia aos outros brinquedos que o astronauta é seu amigo. Este tenta chegar até a casa de Andy novamente utilizando luzes de Natal como corda. O problema é que ninguém acredita em Woody por ele se ter demonstrado tão ciumento e os seus amigos acabam por soltar as luzes. No fim, acabam por perceber que cada um merece uma segunda oportunidade.
Pode-se sempre começar de novo
No passado, Jessie, a cowgirl, teve más experiências com sua a antiga dona, o que fez com que ela deixasse de acreditar no amor que a menina tinha por ela e desprezasse o sentimento de Woody por Andy. Mas, com o tempo, percebe que pode estar errada e resolve dar mais uma oportunidade a Andy. Afinal, cada pessoa é diferente. Assim como Jessie, passamos por experiências desagradáveis com pessoas, com o nosso trabalho ou família, mas isso não é motivo para generalizar e desacreditar na humanidade. Deve-se sempre deixar o passado para trás e dar uma nova oportunidade a cada um.
Não deixes de ser o que és para agradar alguém
A boneca Gabby Gabby, de Toy Story 4, é vista como a vilã do filme, uma vez que deseja tornar-se o brinquedo ideal de uma criança. Esta nunca recebeu o amor de uma dona e esse é tanto o seu maior desejo como o seu maior trauma. Apenas com a ajuda dos amigos é que ela se sente capaz de procurar uma nova oportunidade de ser feliz.
Tentar mudar a sua essência e transformar-se naquilo que não é apenas para agradar ou conquistar alguém pode ser muito frustrante. Todos devem viver a vida à sua maneira e respeitar aquilo que faz parte do que cada um é.
Aceitar que todos crescem
Esta deve ser a principal e mais difícil lição que os filmes Toy Story transmitem. Quando Andy já está crescido e decide doar os seus brinquedos, em Toy Story 3, ele sabe que não será uma tarefa fácil, mas também compreende que é necessário desapegar-se e permitir que eles sejam úteis a outras crianças ao invés de permanecerem guardados em sua casa.
Assim, decide dá-los a Bonnie, para que, assim como ele, outra pessoa possa viver as mesmas experiências felizes com os brinquedos. Woody, Buzz e os seus amigos acabam por compreender que é o momento de eles mudarem e viverem uma nova aventura ao lado da menina. A ficção reflete-se na realidade: há sempre ciclos, com começo, meio e fim e, quando terminam, há outros desafios pela frente e assim por diante, infinitamente.
Fonte da capa: IMDb
Artigo revisto por Bruna Meireles
AUTORIA
A Mariana está no terceiro ano da licenciatura em jornalismo e consecutivamente no terceiro na magazine. A Mariana é uma pessoa com uma imaginação para além da média, muitos dizem que anda sempre com a cabeça na lua. Para além de dançar ser o seu plano favorito e o que deseja para o futuro, gosta muito de ficar em casa a ver séries e filmes. A Mariana adora escrever, desde pequena que a escrita a apaixona. A magazine, em especial as editorias de Cinema e Televisão e Artes Visuais e Performativas, são a forma de ela poder escrever sobre o que lhe apaixona e mostrar o seu ponto de vista sobre os respetivos temas. A magazine tornou-se uma família para mim!