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Trabalhistas rompem negociações e acordo do Brexit volta ao impasse

Theresa May jogou o trunfo da demissão depois da aprovação do acordo, mas de pouco lhe valeu. Corbyn radicaliza o discurso com eleições legislativas no horizonte. Boris Johnson espera colher os frutos da oposição interna no seio dos conservadores.

O partido trabalhista Britânico (Labour), através do seu líder, Jeremy Corbyn, deu por encerradas as negociações com os conservadores sobre o impasse do Brexit.

Numa carta enviada à primeira ministra Theresa May, o líder do maior partido da oposição britânica indica que “não pode haver confiança em se assegurar o que quer que seja acordado”.

Em jeito de reação ao anúncio de May que referiu que vai sair de cena em junho, os trabalhistas indicam que “os desenvolvimentos recentes, no que ao futuro da primeira-ministra dizem respeito, vieram aumentar ainda mais a fraqueza e a instabilidade do Governo”, reforçando a sua posição de deixar cair o acordo para uma saída ordeira do Reino Unido da União Europeia. Corbyn refere ainda o perigo de o governo não ser “capaz de cumprir com as suas obrigações”.

A radicalização do discurso do Labour é vista como uma forma de preparação do terreno para possíveis eleições, que podem acontecer brevemente. Do lado dos conservadores, Boris Johnson, uma das principais figuras da campanha a favor o Brexit e antigo mayor de londres, indicou que vai avançar para a liderança dos conservadores, tirando partido do afastamento de Theresa May. Johnson é um dos principais críticos da governação de May e pretende levar em diante a saída do Reino Unido da EU a todo o custo.

fonte-elpaisbrasil, foto tirada por Jack Taylor (getty images)

Depois de três chumbos do acordo do Brexit, Theresa May irá, novamente, levar o acordo a votação na Câmara dos Comuns em junho. O governo terá de negociar a obtenção de uma maioria, convencendo os membros do partido conservador que continua a dar sinais de pouca união, com vários grupos a defenderem diferentes soluções para o Brexit. Mas os conservadores não são suficientes e May terá de convencer ou trabalhistas ou o partido Unionista da Irlanda do Norte a aprovarem a saída final do Reino Unido da União Europeia.

Fonte “thumbnail”:- The guardion, foto tirada por Murdo Macleo, The guardion

Artigo revisto por Rita Asseiceiro

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Olá, sou o Luís, tenho 27 anos e nasci em Cascais. Vivo desde, quase sempre, em Sintra e sinto-me um Sintrense de gema.  Adoro cinema - bem, adorar não é a palavra adequada, venerar parece-me um adjetivo mais justo -  e sou também obcecado por política e relações internacionais. Gosto também muito de desporto.