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Trump admite intervenção militar na Venezuela

Presidente norte americano admite cenário e reforça a legitimidade política de Guadió. Maduro indica que não vai ceder às ameaças de Washington. Portugal quer eleições presidenciais o mais rápido possível.

Numa entrevista à cadeia televisiva CBS, o Presidente americano, Donald Trump, referiu como “uma opção legítima a do uso de força militar de forma a afastar Nicolas Maduro”, mas admite também que “todos os cenários estão em cima da mesa”. Trump voltou a reforçar que Juan Guaidó é o presidente legítimo da República Venezuelana. Recorde-se que Trump reconheceu a 23 de janeiro Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, no próprio dia em que o presidente da Assembleia Nacional venezuelana se autoproclamou presidente. O presidente dos EUA indica ainda que não quer um encontro com Maduro para debater o assunto porque “o processo vai longo e as manifestações populares demonstram que a solução passa por Guaidó”.

Do lado de Nicolas Maduro, a sua defesa passou pela mobilização dos seus apoiantes e já ordenou a preparação de mais de 60 mil milicianos para defenderem “a república venezuelana dos imperialistas americanos”. Maduro recusa o cenário de eleições presidenciais e indica apenas que está disposto a eleições legislativas livres, cenário que o manteria como presidente da república. Em resposta a Washington, Nicolas Maduro indicou a ingerência norte americana como “ilegal, unilateral, imoral e criminosa, que frisa um golpe de estado”. Maduro indica que a administração americana pretende roubar aos venezuelanos a empresa estatal responsável pela gestão do Petróleo. De recordar que a Petróleos da Venezuela (PDVSA) tem as maiores reservas de petróleo do mundo, principal fonte de rendimento da economia venezuelana.

No fim de janeiro, alguns países europeus com destaque para a França, Espanha e Alemanha determinaram um prazo de oito dias para a convocação de eleições presidenciais caso contrário o líder da oposição venezuelana e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, será reconhecido como legítimo presidente do país. Portugal juntou-se a esse compromisso europeu e já indicou que “o povo venezuelano deve ser chamado de novo a decidir o seu destino, em eleições que decorram segundo regras reconhecidas por todos, organizadas por uma comissão eleitoral independente, e que ofereçam garantias interna e internacionalmente de que são eleições justas, credíveis, livres e transparentes”, indicou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reforçando a ideia de que caso o caminho de Maduro não passe por eleições Presidenciais a escolha irá cair em Juan Guaidó que, de forma interina, assumirá a presidência até às eleições.

Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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Olá, sou o Luís, tenho 27 anos e nasci em Cascais. Vivo desde, quase sempre, em Sintra e sinto-me um Sintrense de gema.  Adoro cinema - bem, adorar não é a palavra adequada, venerar parece-me um adjetivo mais justo -  e sou também obcecado por política e relações internacionais. Gosto também muito de desporto.