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União Europeia disposta a prolongar o Brexit até julho


Bruxelas admite o cenário se a proposta de acordo do Brexit de Theresa May no parlamento britânico não passar.  Do lado da oposição Britânica, Corbyn quer eleições e pretende também o adiamento do acordo com a União Europeia (EU).

Durante vários meses, o dia 29 de março de 2019 foi encarado como o último do Reino Unido na União Europeia (EU). Após meses de complexas negociações e várias desaprovações no parlamento Britânico, a EU admite agora que o adiamento do Brexit é uma situação bem possível de forma “a dar a mão” ao governo de Theresa May na dura batalha de aprovar um acordo final em Westminster.  Um adiamento do acordo é possível. De acordo com o artigo 50 (aquele que determina a saída de um estado membro da EU), o prazo previsto para a negociação de saída é de dois anos, “a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse período”, cenário agora em cima da mesa.

A primeira Ministra Britânica comprometeu-se perante o parlamento a apresentar um “plano B” que convença a ala eurocética do seu partido e a oposição trabalhista, cenário que os media britânicos avançam como muito pouco provável. Em caso de rejeição do acordo de May, Jeremy Corbyn, líder do partido trabalhista, promete apresentar uma moção de censura que leve o Reino Unido de novo a eleições, em caso de vitória Corbyn garante que quer um adiamento da saída da EU.

Percebendo a indefinição em Londres, Bruxelas avança com o seu próprio “plano B”, em termos de cedências garantiu várias vezes que não irá responder aos desejos dos Britânicos em várias matérias económicas ou ainda sobre a fronteira entre as Irlandas. A solução passa por adiar a oficialização do Brexit até julho, dando tempo para Londres “arrumar a casa” e aprovar um documento final de saída da EU.

Segundo fontes da comissão europeia, citadas pelo jornal The Guardian, “será oferecido um prolongamento técnico até julho mesmo que Londres avance para novas eleições”. É referido, também, que tal situação será apresentada como muito complexa porque em maio haverá espaço para eleições Europeias: “A primeira sessão do [novo] Parlamento é em julho. E tem que ter deputados britânicos se nessa altura o Reino Unido continuar a ser um Estado-membro. Mas as coisas não são a preto e branco na União Europeia”, refere um alto membro não identificado da União Europeia, descrevendo uma situação no mínimo caricata, já que as eleições europeias não estão programadas no Reino Unido.

Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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Olá, sou o Luís, tenho 27 anos e nasci em Cascais. Vivo desde, quase sempre, em Sintra e sinto-me um Sintrense de gema.  Adoro cinema - bem, adorar não é a palavra adequada, venerar parece-me um adjetivo mais justo -  e sou também obcecado por política e relações internacionais. Gosto também muito de desporto.