EUA: o país registou números de mortes por Covid-19 nunca antes vistos desde o início da pandemia
O número diário de mortes registadas devido à Covid-19 atingiu valores assustadores nos Estados Unidos. No passado dia 25, quarta-feira, foram registados mais de dois mil óbitos em apenas 24 horas.
Desde o início da pandemia que os Estados Unidos se destacam pela negativa relativamente ao número de casos confirmados e mortos registados devido ao novo coronavírus. O aumento do número de pessoas hospitalizadas é também um elemento preocupante que tem de ser tido em conta. O aumento do número de hospitalizados, de casos confirmados e de mortos ajuda a prever os meses sombrios que se avizinham para os Estados Unidos.
O dia 25 de novembro foi um dia negro a nível mundial, mas, mesmo assim, os números sinistros dos Estados Unidos não passaram despercebidos: registaram mais de 2 200 mortes, algo que não acontecia desde o início da pandemia, mais especificamente desde o dia 6 de maio. A Guarda Nacional teve um papel essencial em El Paso depois de ter sido chamada para ajudar a lidar com o grande número de corpos. “Se não fizermos as coisas bem, a América verá os dias mais sombrios da história da sua medicina moderna”, reforçou Joseph Varon, um médico de um hospital em Houston.
Estes resultados foram apurados na véspera do feriado mais aguardado pelos americanos – o Dia de Ação de Graças. Os especialistas acreditam que a tendência de subida do número de casos confirmados e mortes devido à Covid-19 vai continuar, tendo em conta as deslocações de familiares e amigos que vão acontecer devido ao feriado americano. É provável que o feriado ajude a acelerar a disseminação do vírus no país.
Durante o pico da primeira onda da doença, os Estados Unidos registaram cerca de 33 mil novos casos confirmados em apenas 24 horas. Na quarta-feira (25), o país registou mais de 185 mil novos casos de coronavírus, ultrapassando os registos do mês de maio. Segundo os dados fornecidos às 19h de dia 25, Washington, Nevada, Texas, Califórnia e Massachusetts são os cinco estados que registaram um novo máximo de infeções confirmadas num só dia. Já Ohio, Utah, Iowa e Tennessee atingiram um novo recorde em relação às mortes registadas em 24 horas. O diretor da Escola de Saúde Pública de Yale, Sten Vermund, deixou um aviso aos americanos: “A menos que haja uma mudança radical nas atitudes e uma maior adesão às medidas de controlo de saúde pública, é provável que as coisas piorem”.
Os hospitais estão, desde o início da pandemia, na linha da frente no que toca ao combate à Covid-19. Só esta quarta-feira (25), foram registados 89 mil hospitalizados nos EUA. Joseph Varon, o chefe de equipa do Hospital United Memorial, em Houston, no Texas, revelou à CNN, na quarta-feira (25), que o hospital decidiu abrir duas alas adicionais devido às previsões de aumento do número de casos confirmados após o Dia de Ação de Graças. Os especialistas apontam como principal objetivo reduzir a transmissão, ajudando, assim, a reduzir o número de casos confirmados todos os dias.
Joe Biden, o novo Presidente americano, perante os números assustadores de quarta-feira (25), pediu aos americanos que fossem pacientes e não baixassem a guarda. Biden lamentou o número de mortos e revelou que tinha decidido, em conjunto com a sua família, não festejar o Dia de Ação de Graças, apelando ao bom senso da população. “Cada um de nós tem a responsabilidade de fazer o que puder para impedir a disseminação do vírus”, disse Biden.
Apesar de os Estados Unidos se destacarem negativamente no que toca aos registos de novas infeções e mortes por Covid-19, muitos outros países enfrentam, também, tempos sombrios. Brasil, México, Reino Unido, Itália e França são alguns exemplos de países que, tal como os Estados Unidos, estão a passar das piores fases desde o início da pandemia. Até agora, a Covid-19 já matou mais de 1 milhão de pessoas, sendo que só em novembro já foram confirmadas cerca de 200 mil mortes em todo o mundo.
Artigo revisto por Ana Janeiro
AUTORIA
Estudante de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, onde se encontra feliz e com uma agenda cheia. Não nega um bom livro e muito menos negará uma boa série. É provável que a encontrem a chorar baba e ranho depois de um bom filme de romance. Natural da Invicta, mas veio parar à Ericeira.