A música está presente na vida de todos nós: estejamos a ir para a faculdade ou para o trabalho, é a música que nos faz companhia. Podemos mesmo admitir que quando ouvimos música nunca estamos sozinhos. Não são precisas muitas notas musicais para nos trazer felicidade. A música transporta-nos até momentos, a música gera emoções, a música traz-nos saudade. 

No entanto, não se pode negar que são várias as vezes em que ouvimos os mesmos artistas em loop e acabamos por sentir uma certa necessidade de conhecer e ouvir coisas novas. Por isso, para os ouvidos de amantes de música, recomendações culturais são sempre bem-vindas. 

Portugal tem músicos extraordinários. As novas gerações unem-se às mais antigas e juntas enaltecem a cultura portuguesa. Carolina Milhanas é uma jovem de 22 anos com uma voz incrível. Participou no Festival da Canção em 2022 e recentemente lançou o single Mais Que Ao Sol, muito aclamado por todos os que o ouviram.Ainda em jovens talentosas temos Joana Silva, mais conhecida como Jüra. Voltarpramim, com uma letra muito transparente que fala de amor próprio, é o mais recente single da artista. Em 2022 lançou o EP jüradamor. Jüra tem uma forma diferente de escrever e explica-a da seguinte maneira na entrevista a Rimas e Batidas – “Sempre gostei de explorar outras coisas e comecei a pensar: “Mas porque é que eu não escrevo como falo?” Há palavras que tu juntas, há finais de palavras que tu comes para começar outra, então comecei mesmo a escrever assim.”

A música nacional conta ainda com nomes sonantes como Capitão Fausto – que para um boost de felicidade podes contar com a ajuda de Teresa e Supernova – ou Ornatos Violeta – que com o seu rock alternativo viciam-nos em músicas como Ouvi Dizer ou Chaga. 

Viajando até aos anos 80 e 90 temos os Blur, uma banda britânica de rock alternativo e britpop, com Bleetlebum ou a banda Wings, com Silly Love Song, uma música com vibes mais disco. Esta última foi escrita por Paul McCartney e acaba por ser uma resposta ao público que o criticava por apenas escrever leves canções de amor. Temos ainda a artista de soul e jazz Sade com Like a Tattoo, que transforma uma história que lhe contaram num bar numa música intemporal. 

Unidas pelo indie pop, Florence & The Machine e Lorde trazem a público duas músicas que foram feitas para serem ouvidas ao vivo: Dog Days Are Over e Ribs, respetivamente, transportam-nos para uma sensação de euforia que nos faz reviver os concertos na nossa cabeça. A banda britânica dará um concerto em Portugal no festival Kalorama. Junta-se a estes artistas o indie folk de Phoebe Bridgers, com Scott Street, e Yoke Lore, com Beige, que trazem a público músicas que parecem ser feitas para nos acalmar. 

Mac Miller foi um dos artistas mais versáteis do seu tempo. Produziu centenas de músicas que fazem parte das nossas playlists. A verdade é que o artista tinha vários alter-egos, é exemplo disso Larry Fisherman. Deste surgiu um EP que é digno de ser reconhecido, YOU. Temas como Suspicions ou Love Affair merecem ser ouvidos por todos nós.

Artistas de carácter independente/alternativo como Cage The Elephant com Cigarette Daydream e Come a Little Closer ou Hotel Ugly com Stevie Doesn’t Wonder e Shut up My Moms Calling são opções para incluir na playlist mais recente. 

Do mesmo modo, artistas que não escrevem em inglês merecem ser reconhecidos e até são opções para diversificar um pouco aquela playlist mais monótona. A banda italiana Måneskin, com o álbum II ballo della vita; a banda de rock francês La Femme com Tu t’en lasses e o cantor sueco Håkan Hellström com Rockenroll, blåa ögon – igen. 

Não pode faltar música eletrónica e, por isso, o duo britânico Bicep, com Glue, e o produtor Kaytranada, com YOU’RE THE ONE, são alternativas para ouvir o trabalho de compositores excecionais. 

Artistas como Artic Monkeys, com No.1 Party Anthem, Tyler, The Creator, com ARE WE STILL FRIENDS, e Frank Ocean, com Lost, nem precisam de apresentações por serem reconhecidos independentemente do gosto musical de cada um.  

São muitas as músicas que cada um de nós deve adicionar às suas playlists, pelo simples motivo de que a música é algo universal e merece ser partilhada por todos. Por isso, além desta recomendação cultural damos-te a oportunidade de colocares nesta playlist a música que acreditas que toda a gente deve conhecer. 

Fonte da capa: Life Hacker

Artigo revisto por Inês Moutinho