No ano em que celebram o décimo aniversário do seu álbum de estreia, está na altura perfeita para redescobrir Capitão Fausto. 

Tomás Wallenstein, Salvador Seabra, Francisco Ferreira, Manuel Palha e Domingos Coimbra são as vozes e os instrumentos que dão vida aos Capitão Fausto. Entre habilidosos versos que manifestam emoções e experiências e ligam o pop, o soft-rock e o indie, no fim fazem nascer quatro álbuns de originais. 

A banda portuguesa fez-se ouvir pela primeira vez em 2010 com o EP Capitão Fausto, que se encontra disponível no Youtube. Passado um ano, em 2011, lançaram o primeiro álbum Gazela, que conta com o êxito Teresa e com a reedição de Supernova.

Ao longo dos últimos anos têm conquistado os ouvidos de cada um de nós e com o lançamento dos seus quatro álbuns não faltam razões para serem reconhecidos pelo excelente percurso que têm realizado. 

Depois de dez anos de Gazela, a banda, em comunicado, confessa que tem tido a maior aventura das suas vidas e por isso vai celebrar em palco com os fãs os hinos que os acompanham desde do início, “marcando assim um reencontro para quem de tão perto nos tem seguido”.

Passados três anos da estreia, vieram novamente a público por boas razões com o álbum Pesar o Sol, que conta com dez novas músicas. Capitão Fausto Tem Os Dias Contados, o seu terceiro álbum, foi lançado em 2016 e é considerado um dos melhores álbuns desse ano – mais de 30 minutos de música onde palavras e melodias se unem e enriquecem a música portuguesa. A banda está também presente no álbum Cuca Vida que reúne todos os artistas da editora Cuca Monga. 

Em 2017, foram a São Paulo reinventar-se e em 2019 chegou a público A Invenção do Dia Claro, gravado nos Red Bull Studio, um álbum que marca a identidade musical da banda. Além das ligações óbvias com o Brasil, Almada Negreiros também tem influência – podemos até afirmar que existe um certo paralelismo entre a música e a escrita, começando pelo nome da obra, que os artistas consideram uma “feliz coincidência”.

A viagem ao outro lado do Atlântico só trouxe frutos positivos, entre influências de Tim Bernardes ou de Vera Cruz, o álbum tem um sabor paulista com um registo harmonioso, onde cada verso é trabalhado e pensado, conquistando todos os que o ouvem.   

Atualmente, são um dos maiores nomes da música portuguesa: já foram premiados com dois Globos de Ouro – o primeiro na categoria de Melhor Grupo, em 2016, e o segundo para Melhor Intérprete, em 2019 – e dois Prémios Play atribuídos em 2020 – para Melhor Grupo e Vodafone Canção do Ano, com o tema Amor, a nossa vida. Contam com mais de 72 mil ouvintes mensais na plataforma digital Spotify e mais de 24 mil no canal de Youtube, onde têm conteúdos inéditos.

Em 2020, publicam o minidocumentário com nove episódios, no qual dão a conhecer um pouco sobre o processo da gravação do filme concerto, ao qual deram o nome de Sol Posto, sendo também este o nome do quarto álbum. Entre amigos e gargalhadas entramos no processo criativo da banda, chegando ao público o desenvolvimento de acontecimentos e não só o produto final. Foi também pelo Youtube que deram a conhecer outro documentário, desta vez sobre a digressão nas Ilhas Faro, com cinco concertos em cinco dias. 

Atualmente, encontram-se na estrada com a digressão Com Licença!, e a 12 e 17 de março têm encontro marcado no Coliseu dos Recreios e no Coliseu do Porto, respetivamente, para celebrar os 10 anos de Gazela. Até ao lançamento do novo álbum, esperado para março de 2022, só nos resta ouvir “on repeat” os clássicos da banda. 

Fonte de capa: Facebook da banda

Artigo revisto por Beatriz Merêncio