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Covid-19. Hospitais portugueses vivem situação de pré-rutura

A Ordem dos Médicos confirmou o ambiente catastrófico que se vive dentro dos hospitais portugueses. O Gabinete de Crise da Ordem avisou que os hospitais da Grande Lisboa, da região Centro e do Alentejo estão em pré-rutura. 

O Hospital de Santa Maria tem sido, nos últimos dias, o espelho da situação catastrófica e de pré-rutura que se vive em Portugal. As ambulâncias que contêm doentes com sintomas da Covid-19 acumularam-se às portas do hospital, chegando a estar cerca de 30 ambulâncias paradas durante algumas horas. Tendo em conta a situação, o hospital viu-se obrigado a apelar à população para que esta apenas recorra às urgências de Covid-19 caso haja uma justificação para tal, com o objetivo de conseguirem concentrar os poucos recursos que ainda existem nos doentes mais frágeis.

Créditos: Pedro Nunes / Fonte: SIC Notícias

Também a norte de Portugal se sentiu a pressão nos serviços de urgência, mas, em comunicado, o Centro Hospitalar Lisboa Norte revelou que apenas 15% dos doentes transportados em ambulância apresentam situações que justificam a urgência hospitalar em que se encontram. Isto veio confirmar que há uma sobrecarga nas urgências evitável, visto que 85% dos doentes transportados de ambulância são casos com prioridade verde ou azul, níveis não tão graves que não justificam o transporte urgente.

O Hospital de Torres Vedras foi dos primeiros a assumir uma situação de rutura. Perante esta situação, o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, enviou um pedido de ajuda ao Ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros, informando-o da situação em que o hospital se encontra e da necessidade urgente de reforçar os recursos humanos, ativando a ajuda internacional. Em comunicado, a autarquia deu conta da “situação difícil” em que o hospital se encontra, garantindo que, caso a ajuda internacional chegue, o “transporte, alimentação, estadia e remuneração por um período de 15 dias” dos profissionais de saúde são da responsabilidade da autarquia.

Fonte: CMTV

Para além de tudo isto, a rede de oxigénio do Amadora-Sintra entrou em sobrecarga, metendo em causa a quantidade de oxigénio que chegava às enfermarias e às urgências para doentes com Covid-19. Rui Dias Santos, membro do Conselho de Administração, explicou, em conversa com os jornalistas, que o hospital combateu a falta de oxigénio “com recurso a garrafas de oxigénio portáteis e mobilização de profissionais internos”. O responsável esclareceu ainda o destino de alguns doentes: “Estão a ser transferidos doentes para algumas unidades de saúde para a região de Lisboa e Vale do Tejo: Hospital de Santa Maria, Setúbal, Hospital Egas Moniz e do Hospital de Campanha do Estádio Universitário”. Posto isto, o Amadora-Sintra publicou um comunicado na terça-feira (26), onde esclarece que “em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência”.

Fonte: Twitter da Força Aérea Portuguesa

Esta quinta-feira (28), o coordenador do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 anunciou algumas mudanças no plano de vacinação. O coordenador Francisco Ramos começou por anunciar a integração das pessoas com mais de 80 anos na primeira fase de vacinação.  Para além disso, Francisco Ramos sublinhou que durante as próximas semanas se vai iniciar o processo de vacinação de cerca de mil titulares com cargos públicos e políticos, clarificando que estes fazem, a partir de agora, parte das “atividades essenciais” prioritárias. Segundo o coordenador, o mês de fevereiro vai representar um ponto de viragem em relação aos espaços onde vai decorrer o processo de vacinação – a administração das vacinas vai passar a ocorrer em centros de vacinação.

O coordenador do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos
Fonte: Diário de Notícias

Desde o início do processo de vacinação, no dia 27 de dezembro, já foram vacinadas quase 300 mil pessoas, o que equivale a 2,9 pessoas vacinadas por cada 100 habitantes.

Fonte da foto de capa: Público / Nuno Ferreira Santos

Artigo revisto por Ana Janeiro

AUTORIA

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Estudante de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, onde se encontra feliz e com uma agenda cheia. Não nega um bom livro e muito menos negará uma boa série. É provável que a encontrem a chorar baba e ranho depois de um bom filme de romance. Natural da Invicta, mas veio parar à Ericeira.