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GNR ao vivo no Coliseu dos Recreios

A Caixa Negra abriu-se no Coliseu dos Recreios no passado dia 31 de outubro. Lá dentro não havia bruxas, embora fosse Halloween. Lá dentro estava um segredo (talvez) muito bem guardado: os GNR estão mais vivos do que nunca e com uma energia que se recomenda! Não acreditas? A ESCS MAGAZINE conta-te tudo o que perdeste naquela noite.

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O relógio marca 22 horas e 30 minutos quando os primeiros acordes do tema “Caixa Negra” se começam a ouvir no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Num cenário em que predominam os tons vermelhos — e com Rui Reininho a usar camisa e sapatos a condizer —, o trio do Norte começa um concerto de duas horas. No público, as faixas etárias dividem-se. Há muita gente com mais de quarenta anos. Mas muitos pais levaram os filhos, que já gostam tanto de GNR como eles — sim, mãe, estou a falar de ti.

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É então que chegam “Efectivamente”, “Quando o Telefone Pecca”, “Homens Temporariamente Sós”, “Pós-Modernos” e “+ Vale Nunca”. Enquanto o público canta, em plenos pulmões, “Sub-16”, tenho a certeza de que os mais velhos rejuvenesceram uns quantos anos.

Em “Dançar Sós”, Rita Redshoes entra em palco para um dueto intimista com Rui Reininho. Despede-se com um “até já”. Afinal, ainda voltará no final para “Morte ao Sol”, tema introduzido por Gonçalo Marques e uma gaita de foles. Com “Honolulu” e “Cadeira Eléctrica” voltamos a temas mais atuais, mas depressa fazemos o nosso regresso ao passado. “Vídeo Maria”, com a típica referência a Madonna, e “Las Vagas” antecedem “Popless” e “Bellevue”, com o convidado Tomás Wallenstein, dos Capitão Fausto.

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Em “Asas” há uma referência rápida a Luaty Beirão, que Reininho diz estar “no nosso coração”. Depois, o palco enche-se novamente de convidados. Desta vez é um grupo de mariachis, Los Cavakitos, que dá uma nova roupagem a “MacAbro” e a “Nova Gente”. Três músicas depois, regressam para “Sangue Oculto”. Pelo meio, canta-se a “Pronúncia do Norte”.

“Corpos” e “Morrer em Português” introduzem o encore. Mas é em “Ana Lee” que o público se faz ouvir, em uníssono. Rui Reininho tem um novo dueto: é ele e nós. Para terminar, o clássico das aulas de guitarra: “Dunas”. Efetivamente, os GNR estão aqui, mais de trinta anos depois, e parecem estar para ficar. E ainda bem!

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