“I just want what’s mine”: SOS, o novo álbum de SZA
São 23 as músicas que compõem o novo álbum da artista norte-americana SZA. SOS chegou ao público no início do mês e tem encantado todos os fãs.
Cinco anos depois do álbum de estreia, Ctrl, SZA lançou, no passado dia 9 de dezembro, o segundo álbum. SOS tem mais de 60 minutos de música e conta com a participação de vários artistas internacionais: Phoebe Bridgers, Don Toliver, Travis Scott e Ol’ Dirty Bastard.
A artista anunciou no Instagram o lançamento deste novo projeto publicando a fotografia da capa do álbum. A referência que fez à fotografia da princesa Diana sentada no iate de Mohamed Al Fayed, uma semana antes de falecer, não passou despercebida. SZA acabou por confirmar que a capa reflete aquilo que queria transmitir com este álbum “I just loved how isolated she felt and that’s what I wanted to convey the most.”
Se 23 músicas parecem ser muito, a verdade é que no olhar de SZA não são suficientes. A compositora escreveu mais de 100 músicas, e restringir-se a apenas 23 foi um trabalho difícil.Não gosta de ser rotulada em termos musicais e, por isso, tem vindo a destacar-se e a dominar todos. “I’m so tired of being pegged as [an] R&B artist”, admite. “I feel like that’s super disrespectful, because people are just like, ‘Oh, ’cause you’re black, this is what you have to be’ — like, put in a box. And I hate that. With songs on this album, it’s supposed to help round out the picture and the story.”
SOS é o nome do projeto, mas também da primeira música que começa em código morse: “… – – -…”, que significa SOS. SZA, ao longo do álbum, não esconde os seus momentos de perda, angústia, reflexão e mudança. É uma mistura de melodias e de ritmos distintos, o que por vezes nos pode levar a pensar que estamos a ouvir músicas de diferentes álbuns da artista.
O público já conhecia três das músicas que fazem parte do álbum: Good Days, I Hate U e Shirt. No entanto, há mais 20 músicas para descobrir. Em Used (ft. Don Toliver), Notice Me, Low, Seek & Destroy e Conceited temos músicas mais upbeat e animadas. Por outro lado, em Blind, Nobody Gets Me, Love language, Too Late e Special temos uma versão mais acústica e serena da artista. Entra no mundo do rap com Smoking On My Ex Pack e numa balada em Open Arms (ft. Travis Scott). Menciona o ex-namorado em Kill Bill, afirmando mesmo “I might kill my ex/Not the best idea”. As músicas Gone Girl, Far e Snooze estão interligadas, porque juntas formam uma narrativa: a primeira questiona se a melhor decisão foi o fim da relação, a segunda nega esse pensamento e a última relembra a sensação de estar apaixonada.
Para muitos, a maior surpresa foi F2F, uma música rock, diferente daquilo que é o registo de SZA, co-escrita com Lizzo. Ghost in the Machine (ft.Pheobe Bridgers) é uma música que oferece uma nova perspetiva ao álbum, já que junta duas artistas com timbres diferentes, mas que acabam por se tornar complementares. SOS acaba com chave d’ouro: Forgiveness é uma música em que a artista decidiu utilizar alguns samples de freestyle do rapper Ol’ Dirty Bastard.
Este álbum é um aperfeiçoamento daquilo que temos vindo a conhecer do trabalho de SZA: uma versatilidade estilística e um alcance extraordinário da voz. Publicado há menos de um mês, SOS já é considerado por muitos como um dos melhores álbuns de 2022.
Fonte da capa: Spotify
Artigo Revisto por Andreia Batista
AUTORIA
A Mariana, estudante de jornalismo, nunca pensou que a sua vida iria tomar este rumo. Mas, recentemente, descobriu a sua paixão pela escrita e pela comunicação. Aventurou-se na escs magazine para sair da sua zona de conforto e atingir todos os seus objetivos. Curiosa e observadora acredita que este é o lugar certo para ela!