Cinema e Televisão

Os Óscares 2022

A verdade é que já não estamos em 2021, logo 2022 traz consigo os típicos acontecimentos anuais. Infelizmente, devido a acontecimentos que penso não ser necessário mencionar, muitas destas festividades deixaram de se realizar. Mas este ano promete trazer alguma da velha normalidade. As festas regionais, os festivais de verão, o Festival da Canção, a Eurovisão, os Grammys, os BAFTA e, finalmente, os Óscares, que se realizaram dia 27 de março.

Dune
Fonte: comunidadeculturaearte

Este ano voltou a haver apresentador – desde o ano de 2018 que tal não acontecia. Quem partilhou esta informação foi o presidente do canal de televisão ABC, que transmite o evento norte-americano. Em 2019 era para ter sido o comediante Kevin Hart, que acabou por desistir devido a publicações homofóbicas na rede social Twitter. Tendo sido a fórmula bem recebida, foi aplicada em 2020 e 2021. Mas tal mudou agora devido a críticas relativamente à falta de humor e de ritmo. Além disso, as últimas duas edições da cerimónia tiveram audiências historicamente baixas.

Assim, em 2022, houve não um, não dois, mas três apresentadores, ou melhor, apresentadoras: Amy Schumner, Wanda Sykes e Regina Hall. Os Óscares não eram apresentados por três pessoas há 35 anos e a última vez que uma mulher apresentou a cerimónia foi em 1977.

Drive My Car
Fonte: autoesporte

Assim, no passado domingo realizou-se no Dolby Theatre, uma sala de espetáculos em Los Angels, Califórnia, mais especificamente em Hollywood Boulevard, a 94.ª entrega de prémios por parte da Academia aos filmes publicados em 2021 . 

Era meia-noite em Portugal continental quando a cerimónia começou. Ao todo são 23 categorias, entre as quais se encontram a de melhor ator,  som,  banda sonora, guarda-roupa, entre outras.O vencedor daquele que é um dos principais prémios atribuídos nesta noite foi CODA – No Ritmo do Coração, que levou para casa o título de melhor filme de 2021. A estreante Apple TV+ torna-se assim o primeiro serviço de streaming a ganhar o Óscar de melhor filme, deixando para trás a Netflix que, apesar de 27 nomeações, vai para o sexto ano a tentar arrecadar o mesmo prémio.

CODA – No Ritmo do Coração
Fonte: dial

Dentro ainda da categoria de filmes temos: Encanto como o melhor filme de animação; The Windshel Wiper como melhor curta-metragem de animação; Summer of Soul como melhor documentário; The Queen of Basketball como melhor curta-metragem documental; The Long Goodbye como melhor curta metragem; e Drive My Car como melhor filme internacional.No que toca aos atores, quem levou para casa o título de melhor ator e melhor atriz principal foi Will Smith, no filme King Richard, e Jessica Chastain, em The Eyes of Tammy Faye. No que toca aos atores secundários quem ganhou foi Troy Kotsur em CODA – No Ritmo do Coração, sendo o primeiro ator surdo a conseguir este feito, e Ariana DeBose em West Side Story, atriz de origem afro-latina e abertamente queer. Estes são provavelmente os maiores exemplos de diversidade na gala deste ano.

West Side Story
Fonte: mubi

A melhor realização foi para Jane Campion, com o filme Power of the Dog.

O filme encontrava-se nomeado para 12 categorias, mas este acabou por ser o único troféu adquirido. No entanto, Jane Campion foi a primeira cineasta nomeada duas vezes para a mesma categoria – a sua primeira vez foi com The Piano. A  melhor montagem e melhor design de produção/cinematografia foram ambos para Dune.

Também o filme CODA – No Ritmo do Coração ganhou o Óscar de melhor argumento adaptado, enquanto que Belfast foi o melhor argumento original.

A melhor canção original foi a No Time to Die, interpretada pela cantora Billie Eilish para o filme, com o mesmo nome, que faz parte da saga de filmes do agente secreto 007.

 O melhor som, melhor banda sonora original, melhor direção de arte e melhores efeitos especiais foram arrecadados por Dune; já o melhor guarda-roupa foi para o filme Cruella e a melhor caracterização para The Eyes of Tammy Faye.

The Eyes of Tammy Faye
Fonte: centralcomics

Fonte da capa: ComUM

Artigo revisto por Mariana Saião

AUTORIA

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Lembro-me que em pequena tinha o desejo de pisar cada pequeno recanto do mundo. Assim que pude fugi da minha terra natal, onde a única coisa de que ainda tenho saudades é de comer tripa com chocolate enquanto apanho com um vento gelado no rosto e olho por entre o casaco para o mar bravo. Vim para Lisboa com o intuito de estudar algo que me fizesse realmente sentir feliz e realizada. Nos meus tempos livres o mais provável é encontrarem-me pelas ruas de Lisboa a tirar fotografias ou então enfiada numa biblioteca com uma pilha de livros à minha frente.