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Politécnicos formam melhor professores

O estudo “Instituições de Formação e Classificação dos Docentes da Educação Pré-Escolar e Ensino Básico e Secundário” chegou à conclusão de que professores formados em institutos politécnicos tiveram melhores médias do que os formados em universidades.

De entre 125 mil docentes que, no ano letivo de 2012/2013, leccionavam em escolas públicas portuguesas, a maior parte foi formada em escolas públicas. Coordenado pelas investigadoras Sílvia de Almeida e Teresa Teixeira Lopo, da Universidade Nova de Lisboa, o estudo revela que os resultados dos politécnicos são sempre melhores.

A formação inicial dos professores foi também um ponto em análise: “No plano de estudos existe uma separação entre os currículos dos institutos politécnicos privados que leccionam formação inicial de professores, onde não existem conteúdos programáticos sobre a matéria, e as universidades e politécnicos públicos, onde não só existem como se articulam com outras matérias.”

Também se compararam os critérios de admissão nos cursos superiores do nosso país com os de países como Finlândia e Singapura. Nestes países há “sistemas mais performativos” que delimitam a selecção dos melhores candidatos aos cursos à entrada deste – enquanto noutros casos, como o nosso, esta escolha é feita à saída.

Um dado preocupante: segundo o site PORDATA, em 2013, seis mil professores concluíram a licenciatura – menos de 50% do que em 2000 (eram cerca de 15 mil).

O estudo foi apresentado esta quarta-feira na Universidade do Algarve durante o seminário “Formação Inicial de Professores”.

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