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“The Chilling Adventures of Sabrina”

Esta é mais uma banda desenhada da Archie Comics adaptada para uma série televisiva. Inicialmente pensada como um spin-off de Riverdale pelo canal americano The CW, “The Chilling Adventures of Sabrina” foi dotada de uma proporção e independência maior nas mãos da Netflix. E o público adorou, conforme as críticas positivas e sua renovação indicam.

Ao longo dos 10 episódios que constituem a primeira temporada, vemos Sabrina Spellman (Kiernan Shipka) a lidar com um problema pelo qual o seu público jovem também passa: descobrir a sua identidade. Mas é claro que para uma rapariga metade-mortal e metade-bruxa haveria mais algumas complicações neste processo.

No seu aniversário de 16 anos, Sabrina tem que decidir se continuará a sua vida como uma rapariga normal, tal como os seus amigos da escola, ou se irá dedicar-se às artes das trevas e assim seguir o mesmo caminho que a família do seu pai. Apesar de a adolescente tentar argumentar com o Diabo, símbolo da Igreja das Trevas e da liberdade de escolha, percebe pouco a pouco que só tem uma saída.

Fonte: Netflix

A combinação dos seus dois mundos foi muito bem articulada na constituição dos episódios: num minuto temos cenas divertidas e leves, que iluminam o lado humano de Sabrina e, no momento seguinte, o tom é mais sombrio e macabro, como a outra natureza da protagonista. Estes últimos deixam uma marca no espectador através de interessantes efeitos visuais.

As cores e outros pequenos detalhes transferem mesmo para o lado humano a vibração das bandas desenhadas, o que enriquece as personagens e, assim, a trama. Apesar de entre o elenco não haver atuações excepcionais, o desenvolvimento de “The Chilling Adventures of Sabrina” não se limita aos clichés a que ficou presa “Riverdale” na sua segunda temporada.

Fonte: Netflix

A cada episódio vemos não só o crescimento de “Spellman”, mas também o surgimento de novas questões acerca dos falecidos pais da protagonista e de outros moradores de “Greendale” – inclusive do seu namorado e das suas colegas de escola.

Muitas mudanças se dão nestes primeiros 10 capítulos, que são muito fáceis de se assistir: a série equilibra consistência com intrigas de maneira a gerar interesse sem cansar o espectador. Em abril deste ano será lançada a segunda temporada – a Netflix anunciou que também produzirá mais duas partes.

Recomendo a séria a quem seja fã de tramas adolescentes, histórias mais sombrias ou se simplesmente estão à procura de alguns sustos e risadas.

Fonte da fotografia “thumbnail”: Netflix

Artigo revisto por Rita Serra


AUTORIA

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Michelle tem 20 anos e faz muitas perguntas desde que se conhece por gente. Criou o primeiro site numas férias de verão enquanto criança e apaixonou-se por escrita e fotografia. Algum tempo e vôos internacionais depois, entrou em Jornalismo na ESCS, a escolha acertada para si. Não limita os seus assuntos, secções e cantinhos a visitar. Teve na Magazine um megafone enquanto Editora de Opinião.