Viajar para me construir
Viajar é a minha bússola personalizada. Ajuda-me a encontrar-me neste mundo tão vasto. Trata-se de uma forma de conhecer culturas diferentes, de estar em contacto com outras realidades, novas pessoas, sabores desconhecidos, enfim… ideias diferentes das minhas que me permitem aceitar e respeitar os outros. Contudo, já pensaram que viajar, para além de nos proporcionar o conhecimento do outro, nos permite conhecer-nos a nós mesmos? Descobrir outros locais e outras culturas traz diversos benefícios para nos construirmos enquanto pessoas, para aprendermos a respeitar outras opiniões e outros modos de viver.
Ao viajarmos aprendemos mais sobre locais distantes. Se, por um lado, descobrimos aspetos curiosos sobre a geografia e a história, por outro, despertamos os nossos sentidos ao ouvir novos idiomas e ao provar novos sabores. A verdade é que viajar permite-nos construir memórias que duram para sempre. Em cada aventura temos sempre muitas histórias reais e sábias para contar, histórias que nos ajudam a compreender a vida. Quando nos deslocamos para um local desconhecido, saímos da nossa rotina do dia a dia que, muitas vezes, é desgastante. Estamos tão habituados a fazer sempre as mesmas coisas – estar com as mesmas pessoas e nos mesmos sítios- que, quando nos deslocamos para uma zona fora do nosso conforto, vivemos no nosso limite.
Efetivamente, quando visitamos outros sítios com outra cultura e com opiniões divergentes das nossas, começamos a pensar porque é que somos assim. Qual o motivo que nos leva a pensar assim e não de outra forma? Neste contexto, viajar permite-nos ponderar sobre aquilo que nos leva a pensar como pensamos e a agir como agimos. E quando questionamos o pensamento do outro, questionamos o nosso próprio pensamento, abrindo portas para a mudança. Esta é uma forma de remodelarmos o pensamento e as ideias que fomos adquirindo ao longo da nossa vida.
Viajar permite-nos ainda descobrir características pessoais – como a determinação, a flexibilidade, a criatividade e a curiosidade – que não sabíamos que tínhamos. É interessante dizer também que com as viagens aprendemos a administrar e a controlar o nosso tempo, superamos obstáculos e ganhamos novas perspetivas. Para além disto, aprendemos a cumprir os objetivos que pretendemos alcançar, pois são os sonhos que nos movem e que nos motivam a organizar uma nova aventura. E que objetivos podem ser estes? Fazer mergulho, meditar, conhecer o património natural, praticar turismo de saúde ou até mesmo realizar voluntariado. Face ao desconhecido somos obrigados a lidar com imprevistos, dependendo apenas de nós próprios, o que nos obriga a ser mais tolerantes com os outros. No fundo, viajar é descobrir. Contudo, não é só descobrir o mundo e aquilo que nos rodeia: é também descobrir o “eu” que existe dentro de nós. Viajar é um abre-horizontes, um mergulho naquilo que não era casa e que de repente passa a ser. Viajar é viver.
Há quem diga que a vida são dois dias. Eu não me deixo levar por uma ideia tão pequena. A vida não são dois dias, a vida não se mede em dias. A vida mede-se em momentos. E qual é o melhor palco para todos estes momentos? O mundo. Espero que com a leitura deste artigo fiquem com vontade de partir para uma nova aventura. E o destino? O destino será o lugar para onde a vossa imaginação voar.
Artigo escrito por Madalena Abrantes
Artigo revisto por Inês Paraíba
Fonte da foto de capa: Imagem cedida por Madalena Abrantes
AUTORIA
Madalena Abrantes, 18 anos e aspirante a jornalista. É comunicadora de vocação, bailarina de coração e feliz de corpo inteiro. Entre a dança, os seus interesses de culinária, a moda e a solidariedade parece que caminha num projeto de equilibrismo. Mas, a sua grande paixão? Viajar. A sua maior conquista é viver a fazer aquilo de que gosta!