Abril em Lisboa
Durante o mês de Abril a EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, dá mais vida à capital com o festival Abril em Lisboa. Como forma de celebrar o 25 de Abril de 1974, a cidade enche-se de exposições, música, cinema e teatro, tendo início a 23 de março e terminando no Dia da Liberdade.
Com os 48 anos de democracia, este evento vem relembrar a memória dos portugueses das histórias de resistência e do que é a liberdade, de uma maneira que muito facilmente toca a todos: “Festejamos a liberdade, individual e coletiva, de expressão, de pensamento, de religião, através de diferentes manifestações artísticas”.
Este ano o festival começou mais cedo, em comparação com os anos anteriores. Dia 23 de março, Sérgio Godinho deu um concerto no Campo Pequeno, como pontapé de abertura do Abril em Lisboa. Contou ainda com convidados como Capicua, Filipe Raposo, Manuela Azevedo, Samuel Úria e Tó Trips.
O programa contou ainda com o projeto de arte urbana 48. Entre 2 e 25 de abril, 48 mulheres escritoras pintam os passeios de Lisboa com “pensamentos, poemas ou aforismos”. Serão palavras de homenagem à democracia e à renovação dos valores de Abril.
O Museu do Aljube foi palco de um programa variado, para todos os gostos e idades, desde conversas musicadas até exposições de fotografia. Tendo destaque A Liberdade Passa por Aqui, dois dias que irão contar com a presença de DJs, como Luís Varatojo, DJ Cândido a.k.a. DIDI, Surma e Tó Trips que irão passar música de intervenção enquanto se pode ainda participar num mural artístico orientado por Ondjaki, Nuno Saraiva e Inês Vieira da Silva.
A exposição Proibido por Inconveniente – Materiais das Censuras no Arquivo Ephemera teve lugar no edifício Diário de Notícias. Esta é um conjunto de documentos, livros, jornais e cartazes, que segundo Pacheco Pereira vieram para “mostrar o que é a liberdade, pela sua negação”.
No Cinema de São Jorge decorreu o Festival Política, que teve como tema central a desinformação. Este foi constituído por uma série de filmes, música, debates e espetáculos relativos ao poder dos meios de comunicação.
O Teatro de São Luiz juntou-se ainda com o espetáculo Memórias de uma Falsificadora de Joaquim Horta, entre outras atividades especiais.
Abril em Lisboa teve ainda espaço para uma formação sobre a canção de intervenção no LU.CA e para mais atividade no Museu de Lisboa e no Museu da Marioneta.
Para mais informações aconselho a consulta da página Cultura na Rua: https://www.culturanarua.pt/programacao/abril-em-lisboa/
Apesar de o festival já estar a terminar, deixo uma série de sugestões culturais para os interessados, ótimas para manter sempre vivo este marco tão importante da nossa história.
Após o término do Abril em Lisboa pode-se sempre visitar o Museu do Aljube Resistência e Liberdade, dedicado à memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia. Outra sugestão é escolher o cinema português e ver algum filme sobre o dia, como, por exemplo, Capitães de Abril ou A Hora da Liberdade.
Fonte da capa: Negócios
Artigo revisto por Ana Sofia Cunha
AUTORIA
Com o sonho de ser jornalista desde que entrei, estou agora a acabar o curso e continuo com o mesmo objetivo inicial - informar quem quer ser informado e dar voz a quem precisa -, que, por agora, vou concretizando na ESCS Magazine. Apaixonada por palavras e por pessoas, espero que a minha escrita seja útil e que através da comunicação possa ter o meu papel numa sociedade melhor e mais informada.