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Electroswing

Se és daqueles que preferem ouvir o som nostálgico de um bom solo de Jazz e dançar excentricamente ao som de Swing, nunca tendo, contudo, apreciado música eletrónica, estás a ler o artigo certo. Progressive e Deep House, foram estes os estilos de música que inicialmente vos trouxe, mas desta vez quis trazer-vos algo menos comum: o electroswing. Tudo o que precisam de saber está no próprio nome deste subgénero de música eletrónica, mas passo a explicar no que consiste.

Surgiu em meados dos anos 90, atingindo o pico de popularidade já no século XXI. Trata-se, nada mais, nada menos, de uma fusão entre o Jazz e o Swing dos anos 20 e 30 com a música eletrónica House e com, ainda, algumas influências de Trip Hop e Hip Hop. O resultado, esse, é o melhor possível: música que mistura a nostalgia dos clássicos com a energia das festas de hoje. É um pouco uma versão melhorada do Swing original, se me permitem, adaptada, pelo menos, a novos públicos.

Surpreendentemente, a ideia começou por surgir com a utilização frequente de samples de música vintage em músicas de hip-hop. Sem os rappers a complementarem os beats, as amostras de Swing ganharam vida própria ao serem remexidas pelos DJs. Cada vez mais se utilizam vocals atuais, com artistas contratados para esse propósito, ficando o ritmo swing, e os trompetes, trombones, e outros membros da família dos instrumentos de sopro, a marcarem a essência daquilo em que consiste este género e que nunca pode falhar.

“We no speak Americano”, do duo Australiano Yolanda Be Cool, foi talvez a música mais popular do género em Portugal, viciando metade do país. O mundo do electroswing é, contudo, gigante, ainda que os artistas não sejam os mais populares. Para encontrar músicas eletroswing, basta procurarem no vosso motor de busca por “electroswing” e dezenas de mixs de excelente qualidade vão estar à vossa disponibilidade.

As minhas preferências vão para Parov Stelar ou Marcus Füreder – o artista austríaco é a referência máxima do género. Aos 41 anos, lançou já 12 álbuns, contando com uma compilação de melhores misturas, e o seu primeiro álbum, em 2001, ainda sob o nome artístico de Plasma. O último foi lançado em 2015, no qual estão incluídas algumas das suas melhores faixas, como “Clap Your Hands” e “Keep This Fire Burning”, as quais vos aconselho a ouvir. Ficam, para já, estas duas sugestões, que tão dignamente representam tudo aquilo que por palavras não vos conseguiria transmitir da melhor forma:

Poderia recomendar nomes como Jamie Berry, Kormac, Tape Five, Alice Francis e Caravan Place, mas nenhum deles tem o encanto de Parov. Se ficaram a gostar do género, podem, claro, continuar por aí à vossa descoberta.

Já sabem: a rubrica de música eletrónica continua na vossa ESCS MAGAZINE. Até lá, muito eletroswing e muita dança!

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