Literatura

Ken Follett – O ‘desenhador’ de thrillers

Para escrever este texto recuo ao verão de 2013. Era uma bela noite de agosto, com uma aragem quente, e eu estava num centro comercial ao ar livre no Algarve quando decidi entrar numa pequena Bertrand que fazia esquina em frente a uma loja de jogos. Mal eu sabia que, com aquela decisão, estava prestes a descobrir um novo mundo — o de Ken Follett.

Naquela noite, começou a minha relação com a obra do britânico. Tinha “O Terceiro Gémeo” e “O Vale dos Cinco Leões” na mão. Levei-os para casa e nos dias seguintes para a praia e a piscina. Não mais que um par de vezes, não tivessem sido (quase literalmente) triturados pela minha retina.

Ken Follett tem 65 anos e nasceu em Cardiff, no País de Gales. Foi jornalista até que começou a pagar as contas com a escrita de romances. É autor de obras como “Os Pilares da Terra”, “Triplo a Chave para Rebecca”, entre muitos outros, tendo já recebido inúmeros prémios um pouco por todo o mundo.

Não há como começar por descrever a escrita de Follett senão como viciante. Agarra-nos da primeira à última página de qualquer um dos seus thrillers. Fá-lo sem escrúpulos ou piedade, até pararmos na última com um sentimento de pura satisfação com cada uma das suas palavras. Assim que descobri a sua obra não quis parar. E não parei, de tal forma que não mais larguei nenhum dos livros até que, poucos dias depois, os terminei.

É esse, no fundo, o grande problema de Ken, sendo então aquele que todos os escritores querem: ver a sua obra esgotar-se tão rapidamente nas mãos de cada leitor. Cada palavra está encadeada com a anterior e recolhe da seguinte uma quantidade suficiente de informação para nos cativar.

Talvez por isso tenha tanto sucesso. É que, d’”Os Pilares da Terra” a “Chave para Rebecca” ou d’”O Homem de São Ptersburgo” a “Noite Sobre as Águas”, não esquecendo a “Ameaça” (que escrita há uns bons dez anos se desenrola em torno do, adivinhem, vírus do Ébola) não há um único momento desperdiçado. Toda esta conjugação de palavras, episódios e encadeamentos torna Follett num dos mais aclamados escritores da atualidade.

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