Tame Impala: a história por detrás do sucesso de Kevin Parker
The Less I Know the Better e Eventually são dois dos maiores sucessos de Tame Impala. Vamos falar sobre a longa viagem de Kevin Parker!
Nada acontece por acaso, e Tame Impala é a prova disso. Kevin Parker é o mastermind por trás do sucesso da banda australiana. Sozinho compõe, grava e produz as músicas e, durante os concertos e digressões, conta com a presença dos artistas e amigos Jay Watson, Dominic Simper, Cam Avery e Julien Barbagallo.
Temos de regressar a 2007 – ano em que Kevin decidiu sair do duo da qual fazia parte, The Dee Dee Dums, para iniciar um projeto a solo – para perceber o longo percurso do artista.
Inicialmente, Parker lançava as músicas no Myspace. O seu talento fez com que, em 2008, a editora Modular Recordings quisesse assinar um contrato com ele. Com a chegada aos grandes palcos, Kevin pediu ajuda aos amigos guitarristas Dominic e Jay para tocarem com ele em alguns concertos, uma vez que não conseguia fazer tudo sozinho. Em 2013, com a popularidade e maior dimensão do projeto, entraram novos artistas: Julien Barbagallo para a bateria e Cam Avery para o baixo.
Numa entrevista que Kevin deu em 2020, o australiano confessou que quando assinou o primeiro contrato deu o nome de Tame Impala, para acreditarem que o projeto era uma banda e não a solo. Na verdade, a gravadora acreditou de tal modo que durante os dois primeiros álbuns divulgou o projeto como sendo um grupo: “In fact, when the record label signed us, it didn’t even know it was me that was playing drums and guitars and bass and multi-tracking”.
Além dessa razão, Tame Impala ainda tem um outro significado: “It’s just a reference to the african animal really; from a perspective of coming into contact with a live one, one that you’d come across in nature and having this real brief, unspoken moment but with some level of communication, between yourself and this wild animal. Then the next minute it’s gone, returning to where it came from”. De uma forma simplificada, o objetivo é que o público veja as suas músicas numa perspetiva de comunicação que por breves momentos lhes possa transmitir algo.
Até ao momento são conhecidos quatro álbuns: InnerSpeaker, Lonerism, Currents e The Slow Rush.
InnerSpeaker foi o álbum de estreia da banda – 54 minutos de rock psicadélico aclamado pela crítica. Lançado em 2010, foi reconhecido como um dos 100 melhores Álbuns desta Época pela Pitchfork.
Passados dois anos, veio a público o segundo álbum, Lonerism. Kevin Parker afirmou que este registo era diferente dos outros uma vez que incorporava uma maior paleta sonora e letras mais emotivas. Foi gravado entre países – Austrália e França. Em janeiro de 2013, foi eleito pela Rolling Stone como o “Álbum do Ano” de 2012, assim como Innerspeaker em 2011.
Currents é o terceiro álbum, provavelmente o mais conhecido e premiado. Lançado em 2015, inclui os êxitos The Less I Know The Better, Let it Happen e Eventually. Nesse ano, ganhou pelos ARIA Music Awards: “Álbum do Ano”, “Álbum de Rock do Ano”, “Melhor Lançamento Pop”, para a música Let It Happen, e “Melhor Grupo” para a banda.
Em 2019, lançaram o single Borderline, o que deixou os fãs em êxtase porque significava que futuramente iria existir um novo álbum, algo que se confirmaria em fevereiro de 2020. The Slow Rush, o quarto álbum de Tame Impala.
Depois do lançamento de quatro álbuns e de muitos hits, Kevin continua a preferir ser só ele a produzir a música. Só depois de as músicas serem gravadas é que os companheiros têm a oportunidade de fazer algumas alterações para que estas possam ser adaptadas e apresentadas em palco.
O vocalista tem várias influências, algumas bastante opostas, como por exemplo o rock psicadélico dos finais dos anos 60 e 70 e músicas pop de artistas como Britney Spears ou Kylie Minogue. Além destas, a música eletrónica tem um grande papel na construção de melodias assim como as músicas low-fidelity (músicas que têm elementos que normalmente são considerados imperfeitos, mas que os artistas querem que sejam audíveis).
Tame Impala regressam este ano a Portugal para atuar no festival NOS Primavera Sound, no Porto, no dia 9 de julho. É de recordar que a banda australiana já pisou os palcos portugueses por quatro vezes – Festival Vodafone Paredes de Coura, duas atuações no Super Bock Super Rock e uma no antigo Optimus Alive. Os concertos da banda têm ganho cada vez mais destaque nas redes sociais, como o TikTok, devido ao jogo de luzes que existe, provocando no público a sensação de uma experiência nunca antes vivida.
Artigo revisto por João Nuno Sousa
Fonte de capa: Wegow
AUTORIA
A Mariana, estudante de jornalismo, nunca pensou que a sua vida iria tomar este rumo. Mas, recentemente, descobriu a sua paixão pela escrita e pela comunicação. Aventurou-se na escs magazine para sair da sua zona de conforto e atingir todos os seus objetivos. Curiosa e observadora acredita que este é o lugar certo para ela!