Lifestyle

Deixa o aroma entrar – descobre tudo sobre velas!

Chegou o outono. E se no início ele veio acompanhado de um sol radiante, agora, em novembro, começamos a sentir lentamente o frio e a chuva a invadir os nossos dias. Mas nem tudo é mau nesta altura do ano, já que ela é sinónimo de ambiente cozy em casa! Isso significa que as velas, as mantas e as meias felpudas voltam uns bons meses depois à ação, assim como as bebidas quentes, para os mais gulosos.

Se as mantas e as meias são de fácil agrado a qualquer um, já as velas não o são. Há de todos os feitios e aromas, tamanhos, preços e horas de duração. Sendo assim, há que criar um guia completo sobre este elemento decorativo que perfuma as nossas casas e aquece os nossos corações. Este artigo trata precisamente disso: desmitificar mitos sobre velas, dar algumas dicas de cuidados na utilização das mesmas, indicando, para cada um destes tópicos, marcas portuguesas que as fabricam. Por fim, há ainda espaço para mostrar aquelas que, para além de perfumar, ainda decoram a nossa casa. 

As velas são tóxicas?

Temos por hábito associar as velas a ambientes confortáveis, acolhedores e tranquilos; e isso é efetivamente verdade, pois quando as acendemos sentimos automaticamente um reconforto. Será isto apenas psicológico? 

Em primeiro lugar, há que desmistificar o mito de que as velas são tóxicas. De facto, elas são feitas à base de cera de parafina, um subproduto do petróleo cuja combustão liberta gases nocivos prejudiciais ao nosso corpo. Até aí, o mito não parece ser mito, mas sim verdade. E é. Para confirmar isto, em 2009, a Universidade do Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, realizou um estudo no qual comprovou que os fumos libertados pelas velas estão associados ao cancro do pulmão e à asma. No entanto, isto só se torna realmente perigoso se for inalado com frequência e em espaços fechados, com pouca circulação de ar. Num mundo tão poluído como aquele em que vivemos, não serão as velas o nosso maior problema. 

Porém, este “contra” tem solução. Eis algumas formas de diminuir – e até evitar – a inalação de gases emitidos pelas velas:

  • Primeiro que tudo, há que evitar acender velas com muita frequência e durante muito tempo;
  • Em segundo lugar, devemos arejar a divisão da casa após apagar a vela;
  • Acender a vela num local onde existem plantas, pois estas ajudam a absorver os químicos antes de eles causarem danos;
  • Por último, existe a opção de comprar velas que sejam feitas à base de derivados de soja ou de cera de abelha; isto é, à base de produtos naturais e nas quais os seus aromas sejam extraídos de plantas.

Quanto a este último ponto, basta tomar atenção ao rótulo para verificar a lista de ingredientes das velas. Na Pegada Verde, uma loja online portuguesa de produtos sustentáveis, podes encontrar velas neutras nas emissões de carbono e feitas à base de produtos naturais – tanto a sua cera, como a sua fragrância –, desde 7,80€ até 15,95€. Para além de estarem a cuidar da vossa saúde, estão ainda a cuidar desta enorme casa em que nós habitamos – o planeta –, pois estas velas são feitas de forma sustentável, assim como os copos em que estão inseridas.

Legenda: Candle in a bottle – mint and lime flower; Fonte: pegadaverde.pt
Legenda: Candle in a bottle – vanilla; Fonte: pegadaverde.pt

Para quem não está disposto a gastar mais de 10€, há também uma pequena marca portuguesa com opções naturais – a Jailer Scents, por apenas 6€. Todas estas velas continuam a possuir aromas agradáveis, apesar de serem feitas com produtos diferentes das ditas “tradicionais”.

Legenda: Velas vegan sustentáveis; Fonte: Etsy – jailerscents

Cuidados a ter quando se acende uma vela

Agora que já escolheste a tua vela de forma consciente, isto é, conforme os produtos que a compõem, é necessário que tenhas alguns cuidados quando a acendes:

  • Acender sempre, no mínimo, durante 1h, para que a camada à superfície queime na totalidade até ficar líquida. Desta forma, evitamos a formação de um “túnel”, isto é, um buraco no centro da vela. Este causa perda de cera e diminui a quantidade de luz da chama;
  • Evitar estar mais de 3h com a vela acesa, pois esse tempo todo pode fazer com que o pavio fique desfiado (este nunca deve ter mais de 5 mm de comprimento);
  • De cada vez que se acende a vela, é importante aparar o pavio para este nunca ter mais do que o tamanho indicado. Se estiver demasiado grande, a cera derrete mais rápido;
  • Nunca ter a vela perto de uma corrente de ar, uma vez que o vento é um inimigo do fogo. 

Velas que para além de aromatizar também decoram

Como nem sempre o objetivo é aromatizar a casa, mas sim deixá-la visualmente mais agradável, há também velas que cumprem esse desejo. Toda a gente já viu velas com bolhas ou em forma de corpo despido como se fosse uma estátua da Grécia Antiga. A Jules Candles tem tudo isso e muito mais, para todos os gostos e todas as carteiras, desde 6,49€ até 20,50€. E as coisas boas não ficam por aqui. Esta é mais uma marca sustentável que fabrica velas à base de produtos naturais e é portuguesa, o que faz com que cumpramos a nossa responsabilidade ambiental, social e económica quando compramos os seus produtos.

Legenda: Bubbles outonais com cheiros a gingerbread e canela;  Fonte: julescandle.com
Legenda: Vela “Her” com fragância de coco; Fonte: julescandle.com

Estas são o verdadeiro exemplo de velas que não queremos queimar, tal é a sua beleza e delicadeza. 

Agora que já ficaste a saber algumas informações sobre as velas e dicas para a sua utilização, podes finalmente investir nelas e usá-las em segurança nas divisões da tua casa, neste outono. Aproveita para ajudar os pequenos negócios e assim ficas não só a cuidar da tua saúde, na certeza de que tens velas de qualidade, mas também a cuidar da economia, tão importante na nossa sociedade. Deixa o aroma entrar!

Fonte da capa: Canva

Artigo revisto por Andreia Custódio

AUTORIA

+ artigos

Luísa Montez é redatora da ESCS Magazine desde novembro de 2020, tendo começado por escrever apenas para a secção de Moda e Lifestyle. Após o sucesso do seu artigo escrito, excecionalmente, para a secção de Grande Entrevista e Reportagem, decidiu aceitar o convite e fazer parte da mesma. Antes de entrar na ESCS já sabia que queria pertencer à revista, pois a escrita é um dos seus pontos fortes.