No “Dia ao Contrário” sai da tua rotina
E se houvesse um dia em que pudéssemos fazer tudo ao contrário? Esse dia existe mesmo e celebra-se a 31 de janeiro. Tudo começou nos Estados Unidos, em 1961, quando Megan Emily Scott e Sarah Nicole ordenhavam vacas na quinta da sua família e começaram a imaginar como seria se fizessem tudo ao contrário por um dia. Nos EUA, este dia tem alguma expressividade, mas em Portugal ainda não, embora estejamos todos a precisar de sair da rotina.
Entre outras coisas, neste dia, há quem escolha dormir durante o dia e trabalhar à noite, jantar de manhã e tomar o pequeno-almoço à noite, vestir as roupas do avesso e até mesmo andar ao contrário.
Ainda que seja visto e celebrado de uma forma descontraída e engraçada, este dia pode ter mais de sério e útil do que imaginamos. Afinal, porque será tão divertido vestir uma t-shirt ao contrário? Só o é porque não estamos habituados a isso, porque não faz parte das regras sociais que costumamos seguir, no entanto, não terá mal nenhum se acontecer esporadicamente.
Com o stress e a pressão do dia a dia, tendemos a viver em modo “piloto automático”, cumprindo religiosamente os passos de uma rotina que consideramos ser a nossa zona de conforto. Este dia surge, então, como forma de refletirmos sobre as pequenas coisas que consideramos tão normais e inalteráveis, mas que, no fundo, podem estar a oprimir-nos sem termos noção disso, como um “não tenho tempo para isto ou para aquilo”.
O que gostávamos que fosse ao contrário, mas não é?
Passamos horas a reclamar de algo que gostávamos que fosse diferente, mas não é. Desde o aumento dos combustíveis até às horas que passamos parados no trânsito. Queremos que seja diferente aquilo que temos menos hipótese de mudar e, mesmo quando temos a oportunidade de o fazer, acabamos por preferir a inércia e o comodismo. Não será esta insatisfação apenas uma forma errada de vermos as coisas? Talvez andemos a ver o copo meio vazio, quando devíamos vê-lo meio cheio.
Formas de sair da rotina
Se, por um lado, há coisas que não dependem só de nós e que irão demorar a serem mudadas, por outro, há coisas que só dependem absolutamente de nós. Assim sendo, há que começar por aquilo que está ao nosso alcance, mudando pequenas coisas na rotina que podem fazer todo o sentido se forem feitas “ao contrário”:
Com isto quero dizer que não precisamos de ser um Leonardo Da Vinci e escrever ao contrário para sermos diferentes dos outros. Esse “ao contrário” pode estar em nós e começar a partir do momento em que acordamos pela manhã.
Fonte da capa: TSF
Artigo revisto por Ana Sofia Cunha
AUTORIA
Luísa Montez é redatora da ESCS Magazine desde novembro de 2020, tendo começado por escrever apenas para a secção de Moda e Lifestyle. Após o sucesso do seu artigo escrito, excecionalmente, para a secção de Grande Entrevista e Reportagem, decidiu aceitar o convite e fazer parte da mesma. Antes de entrar na ESCS já sabia que queria pertencer à revista, pois a escrita é um dos seus pontos fortes.