A entrada no mês de dezembro marca o regresso de uma das feiras natalícias mais aguardadas pelos portugueses: o Wonderland! Até ao segundo dia do mês de janeiro, o Parque Eduardo VII enche-se de encanto e magia, ao longo de 10 mil metros quadrados.
A sexta edição desta grande feira de Natal conta com regras diferentes das anteriores, fruto da situação pandémica que ainda se vive: as máscaras teimam em esconder rostos felizes e, à entrada, é obrigatório apresentar Certificado Digital de Vacinação COVID-19, teste negativo (qualquer tipo) ou comprovativo de ter estado infetado há menos de três meses. Após passar as possíveis filas à entrada, resultantes do novo procedimento, a animação para miúdos e graúdos está garantida. O recinto conta com a enigmática Roda Gigante e a famosa pista de gelo ecológica, assim como o carrossel, os trampolins, uma pequena vila de casinhas, um chalet do Pai Natal e o comboio, para os mais novos – um autêntico labirinto de Natal.
Apesar de não ser cobrado qualquer valor à entrada da feira, algumas das diversões são pagas.
A viagem na Roda Gigante dura 15 minutos, mas não desilude. Do alto dos 30 metros a que ela nos leva, é possível desfrutar da vista sobre uma das zonas mais movimentadas da cidade, e, por outro lado, contemplar o parque até onde a vista alcança.
À medida que se avança pela feira, são muitas as roulottes ou casinhas de madeira tipicamente natalícias que nos chamam a atenção – ora pela explosão de aromas que surge no ar, ora pelo aspeto que os seus produtos têm. No total são mais de 60 e vendem de tudo um pouco – desde os doces aos salgados, passando pelos cristais e pela bijuteria. Pelo caminho, somos interpelados a provar o magnífico queijo da Serra da Estrela ou qualquer um dos enchidos, também típicos desta região; mas não sem antes espreitar as famosas tortas de laranja do Marco Costa, de comer e chorar por mais.
Entrando pelo lado direito (quando estamos virados de frente para a roda e de trás para a rotunda) deparamo-nos com a mais recente aplicação de entrega de compras na cidade de Lisboa: Bairro. Os seus simpáticos funcionários convidam-nos a instalar a aplicação, para depois jogarmos um jogo na banca. Este consiste em atirar uma bola quatro vezes contra a parede na qual estão inseridos vários logótipos da dark store, tentando acertar neles. Quantas mais vezes acertarmos, mais hipóteses temos de ganhar doces à nossa escolha. Tudo isto ainda com um código de promoção da aplicação. É uma das bancas mais dinâmicas e acolhedoras da feira, que arranca sorrisos sinceros mesmo num momento de maior concentração.
Quando o cansaço se fizer sentir e a fome apertar, o Wonderland tem a resposta. Ao longo do recinto existem várias mesas de madeira com bancos, ao estilo piquenique, para que os visitantes possam comer e desfrutar do ambiente. Isto tudo aliado à presença de inúmeras food trucks que nos oferecem refeições desde pizza até pah thai – perfeito para passar um dia sem a preocupação de comer fora do recinto. A escolha também é variada para a sobremesa – de donuts coloridos que nem dão vontade de estragar, até às tripas de Aveiro. Como digestivo, não pode faltar a típica ginjinha de Óbidos no copo de chocolate, que aquece o coração e a alma. Por fim, há que aproveitar o evento para atualizar as redes sociais – ou só para ficar com recordações -, tirando algumas fotografias junto à árvore de Natal (não tão glamorosa quanto a do Terreiro do Paço, há que admitir), ou no relvado onde existem várias árvores de madeira “instagramáveis”.
A magia do Natal perdura no Parque Eduardo VII até dia 2 de janeiro. A ESCS Magazine aconselha a que faças mais do que uma visita, para desfrutar de todas as experiências (especialmente gastronómicas) que estão disponíveis.
Luísa Montez é redatora da ESCS Magazine desde novembro de 2020, tendo começado por escrever apenas para a secção de Moda e Lifestyle. Após o sucesso do seu artigo escrito, excecionalmente, para a secção de Grande Entrevista e Reportagem, decidiu aceitar o convite e fazer parte da mesma. Antes de entrar na ESCS já sabia que queria pertencer à revista, pois a escrita é um dos seus pontos fortes.