Machine Gun Kelly: Do Rap ao Pop Punk
Nasceu como Colson Baker, mas transformou-se em Machine Gun Kelly. É com este nome que tem construído o seu percurso na música e, atualmente, o artista tem mostrado uma forte versatilidade. Abandonou o rap e tem-se superado no pop punk, deixando os seus fãs surpreendidos e rendidos ao seu talento
Machine Gun Kelly sempre foi conhecido como rapper; contudo, nunca negou que as suas maiores influências provinham do rock.
Em “Hollywood Whore”, o cantor utiliza referências ao instrumental da canção “Numb”, clássico do ex-vocalista Chester Bennington da banda de rock Linkin Park. Chester tornou-se num dos maiores nomes da história deste estilo musical nos anos 2000, sendo capaz de misturar rock e rap na perfeição.
Já Machine Gun Kelly destaca-se pela sua capacidade de colocar os sentimentos na música que cria. Este consegue expressar sensações e experiências através da sua arte.
As suas novas músicas fazem lembrar o rock dos anos 2000. No seu álbum “Tickets to My Downfall” é sentida a influência de Blink-182, banda de rock americana formada no ano de 1992, porém, esta não é uma coincidência. Travis Barker, baterista dos Blink-182, é o produtor do seu novo disco.
Este disco representa o auge da carreira do artista. As relações, a solidão, os vícios e a morte são temas abordados neste álbum, sendo este caracterizado por uma grande profundidade.
Quase todas as faixas do álbum têm menos de três minutos de duração e contam com refrões de três acordes, característicos da banda Blink-182. Esta particularidade manifesta nos fãs deste estilo musical uma certa nostalgia e admiração pelo cantor.
“Tickets to My Downfall” conta com a parceria de alguns nomes da música como Halsey, Trippie Redd, blackbear, iann dior, que dão uma dinâmica maior e mais envolvente ao seu novo trabalho.
Machine Gun Kelly decidiu mudar e o seu crescimento enquanto artista tem sido aperfeiçoado. Na música “I think I’m okay”, em colaboração com Travis Barker e com o cantor inglês Yungblud, são destacados fracassos, medos e formas diferentes de pensar sobre a realidade e de fugir dela.
“concert for alliens” – outro single de sucesso que é marcado por uma profunda criatividade. Fala sobre o mundo estranho em que vivemos e sobre como às vezes se torna difícil encaixarmo-nos neste, bem como corresponder às expetativas que os outros têm sobre nós.
Talvez a sua arte não reúna consenso, mas a verdade é que as suas músicas não deixam ninguém indiferente. Machine Gun Kelly não procura um rótulo. Deseja ser ele mesmo, na forma que a sua música fizer mais sentido no momento em que se encontra. Incapaz de se conformar, prefere ser rebelde na sua forma de estar.
O artista traz às novas gerações a oportunidade de contactarem com a união de vários estilos musicais: Rap, Punk, Rock, Pop. Machine Gun Kelly mostra-se aberto a todos os caminhos para criar uma nova existência na música!
Por Joana Nunes
Artigo revisto por Constança Lopes
AUTORIA
Iniciou o seu percurso na ESCS Magazine, porque sempre procurou ter liberdade para escrever sobre a realidade à sua volta e para partilhar a sua opinião com as outras pessoas. A paixão pela escrita sempre esteve presente na sua vida. Agora, enquanto editora de música procura fazer-se ouvir através das suas palavras!