Locke & Key: o novo sucesso da Netflix envolvente de fantasia e um possível terror
Dos quadradinhos para a tela da Netflix, Locke & Key estreou este ano, no dia 7 de fevereiro, e suscitou de imediato algumas críticas. A verdade é que, para os fãs de fantasia, como eu, esta série é perfeita. Mas será a série ideal para os fãs de terror?
Antes de ganhar vida no ecrã da Netflix, Locke & Key passou por várias reformulações. Nasceu na banda desenhada, e a sua primeira edição foi publicada em 2008, pela IDW Publishing. Um universo criado e escrito nada mais nada menos pelo filho de Stephen King, Joe Hill, e desenhado pelo chileno Gabriel Rodriguez. Chegou a ganhar vários prémios, como o “Eisner” – o óscar dos quadradinhos -, e também acabou por ter várias indicações.
A caminhada para que Locke & Key saísse da banda desenhada foi bastante difícil e longa. Passou por vários produtores executivos entre 2011 e 2018 – todos desejavam uma trilogia, mas acabaram por desistir, um a um. Foi então que a Netflix concretizou o desejo tão aguardado de inúmeros fãs e adaptou esta série. E ainda bem que o fez!
Antes de mais, vou dar-vos a conhecer a história deste criativo universo. Tudo começa quando uma família é forçada a mudar de casa após o assassinato do pai. Os três filhos e sua mãe acabam por ir viver para uma misteriosa e ancestral mansão em Matheson – a Key House. É aqui que a maior parte da trama se desenrola. A viúva Nina (Darby Stanchfield) e os filhos Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode (Jackson Robert Scott) descobrem que a gigantesca casa possui chaves mágicas com diferentes poderes e habilidades. Sem querer dar spoilers, o pequeno Bode é quem descobre muita coisa após uma nova amizade.
Chaves mágicas, fantasmas, demónios, sobrenatural, amor, amizades e um profundo luto são algumas das coisas que vais poder encontrar nesta série!
Sim, demónios. Sobrenatural parece sem dúvida uma série da qual emana o terror. Aliás, o género dado pela Netflix a esta série é o de fantasia e de terror. No entanto, a série acaba por desencantar um pouco nesse campo – acaba por apresentar mais suspense ou, se pudermos dizer, um “terror infantil”. Por isso, se és fã de um bom terror, talvez esta não seja a série perfeita para ti, mas, se no teu mundo não pode faltar magia e fantasia, tens de ver estes dez episódios. Sim, são apenas dez! São capítulos de uma hora, mas prometo-vos que são episódios deliciosos.
Pessoalmente, a primeira coisa que me aliciou nesta série foi o enredo. A envolvência da fantasia, da criatividade e da novidade – pareceu-me de imediato uma história diferente e nova. Fez-me ficar completamente agarrado ao ecrã, pois estava sempre ansiosa para descobrir a próxima chave e qual seria o seu novo poder – muitas das vezes senti-me uma completa exploradora e detetive! Para além disso, a trama está muito bem desenvolvida – existe um motivo, uma explicação e até uma consequência. Se continuar com o mesmo desenvolvimento e estilo, a segunda temporada terá tudo para dar certo.
Neste tempo de quarentena, em que parece haver um pouco mais de tempo para o sofá, convido-te a veres esta série e a teceres as tuas próprias críticas. Quem sabe não encontras uma chave mágica com o poder de te levar para onde mais queres?
Artigo revisto por Adriana Alves
AUTORIA
Com 19 anos de vida, Ana alia a sua paixão por animais, fotografia e música ao mundo da comunicação. Sempre gostou de contar histórias, de escrever, de ler e ainda arranjava espaço para falar pelos cotovelos. Criativa, determinada e sempre disposta a ajudar o outro, a Ana vê no jornalismo o privilégio de poder conectar o mundo e as pessoas.