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The Umbrella Academy: o apocalipse dos anos 60

Da esquerda para a direita, Klaus Hagreeves (Robert Sheehan), Ben Hagreeves (Justin H. Min), Five Hagreeves (Aidan Gallagher), Vanya Hagreeves (Ellen Page), Luther Hagreeves (Tom Hopper), Diego Hagreeves (David Castañeda) e Alisson Hagreeves (Emmy Raver-Lampman).
Fonte: Reprodução

Após um apocalipse que caracterizou a brilhante primeira temporada, a série “The Umbrella Academy” voltou para uma segunda parte, nos finais de julho, mais forte do que nunca.

Os visuais mudaram, as personalidades moldaram-se, assuntos polémicos penetraram-se, os passatempos diversificaram-se, novas caras apresentaram-se, novos amores surgiram, mas ainda continuam a ser os mesmos super-heróis comprados e adotados pelo excêntrico bilionário Sir Reginald Hargreeves. A diferença é que o realizador Steve Blackman leva o espetador para um outro espaço temporal: os anos 60.

 Para quem não viu a primeira temporada, não seria de todo interessante colocar aqui o seu final. Por isso, neste artigo não encontrarão qualquer tipo de spoiler.

A premissa desta segunda parte começa com os setes irmãos sobredotados: Luther, Diego, Alisson, Klaus, Five, Ben e Vanya, que, por motivos “catastróficos”, literalmente, tiveram de abandonar o ano 2019 e tiveram de se adaptar a um outro ano, completamente novo e diferente. Quem não gostaria de experienciar a década de 60? Contudo, apesar de parecer divertido uns dias no passado, esta família, outrora disfuncional e com uma relação complicada, vai separar-se e nem imagina que, com ela, trouxe aquilo que mais temia e que a fez voar no tempo… Nada mais nada menos que o “fim do mundo”.

Allison (Emmy Raver-Lampman) e Raymond (Yusuf Gatewood) – uma personagem que terão de conhecer na 2º temporada
Fonte Netflix

Temas como o assassinato do Presidente John Kennedy, guerra nuclear, o racismo policial, homofobia e as lutas pela igualdade de direitos tornam-se cruciais no decorrer destes 10 episódios, com uma duração de 49 minutos. Os Hagreevesvão ter de lidar com assuntos que atualmente são cruciais e vorazmente polémicos. Apesar de ser no ano 1960, são temas que hoje em dia estão em constante luta e, por isso, foi inteligente, da parte do autor, o facto de ter abordado tais assuntos no decorrer da série. E é exatamente isso que faz prender o espetador ao ecrã – mete-o a refletir e a querer lutar por cada uma das personagens.

Para além disto, Steven Blackman traz-nos novas personagens que vão mexer com a narrativa deste universo: Yusuf Gatewood como Ray Chestnut, Ritu Arya como Lila Pitts, Tom Sinclair, Kris Holden-Ried e Jason Bryden como Oscar, Axel e Otto, Marin Ireland como Sissy e muitos outros.

Até agora tudo para dar certo: uma premissa parecida à da primeira parte, mas num cenário diferente e num espaço temporal desafiante; temas convenientes e oportunos que trazem uma nova dimensão à série; uns super-heróis completamente fora da sua zona de conforto e separados, sem saber o que fazer ou por onde começar. E ainda novas personagens que vão apresentar-se e mudar toda a ação desta narrativa.

Para quem não conhece a primeira temporada, este artigo é capaz de ser bastante confuso e aborrecido. Por isso, deixem-me explicar-vos a história por detrás deste universo pouco comum.

No dia 1 de outubro de 1989, 43 crianças nasceram inexplicavelmente de mulheres aleatórias. Nenhuma das mulheres mostrava qualquer sinal de gravidez e não tinham nenhuma relação entre si. Sete desses bebés foram adotados por Sir Reginald Hargreeves, um industrial bilionário que cria a “Umbrella Academy” e treina os seus filhos adotivos para salvar o mundo. Cada um destes irmãos tem poderes extraordinários. E, para além disso, cada uma destas crianças tinha números em vez de nomes – nada estranho.

O número 1 é Luther: possui a habilidade de super-força e é o líder da academia. Diego é o número 2: tem a capacidade de controlar a trajetória de objectos que atira e tem uma clara rivalidade com Luther. A número 3 é a Alisson que tem a capacidade de alterar instantaneamente a realidade ao mentir. Basicamente, ao dizer: “Ouvi dizer…”, a pessoa acaba por fazer o que ela fala. 0 número 4, a minha personagem favorita, chama-se Klaus e tem a capacidade de contactar com os mortos. O número 5, talvez a personagem mais interessante, não tem nome e desapareceu aos 13 anos, devido à sua habilidade de viajar pelo espaço e no tempo. Five é uma das personagens mais importantes nas duas temporadas. Ben é o número 6 e tem a capacidade de ser possuído por monstros de outras dimensões. Mas atenção: Ben está morto e é um espírito que anda sempre com o seu irmão, Klaus. Por último, a número 7: Vanya. A mais distante do grupo, a mais misteriosa e que, segundo o pai, era a única que não possuía qualquer poder. Só posso dizer que Vanya é, efetivamente, considerada a mais poderosa da academia Umbrella Academy

Fonte: Cinema em Série

Agora que já tens umas dicas sobre ambas as temporadas, já não tens desculpa para não assistires a esta série! Tece as tuas próprias críticas, escolhe o teu personagem e poder favorito e envolve-te no universo destes super-heróis.

Corrigido por Ana Janeiro

Fonte da imagem de capa: Adorocinema

AUTORIA

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Com 19 anos de vida, Ana alia a sua paixão por animais, fotografia e música ao mundo da comunicação. Sempre gostou de contar histórias, de escrever, de ler e ainda arranjava espaço para falar pelos cotovelos. Criativa, determinada e sempre disposta a ajudar o outro, a Ana vê no jornalismo o privilégio de poder conectar o mundo e as pessoas.