O 27.º aniversário da escstunis – uma “Última Atuação” inesquecível
Não havia melhor maneira de festejar o aniversário de 27 anos da Tuna da ESCS como foi com A Última Atuação – um concerto vibrante e cheio de emoção.
A escstunis já viu passar muitos talentos e está recheada de primeiras e últimas vezes a atuar. Desta vez, escolheu-se fazer uma homenagem àqueles que não vão continuar a animar o público. Após tantas atuações, este concerto foi uma despedida para alguns tunantes.
Ao começar o espetáculo, a tuna foi cumprimentada entusiasticamente. As palmas de força foram ouvidas em cada canto do Auditório Vítor Macieira. Fomos presenteados com muito mais do que um simples concerto: uma atuação consistente, que combinou música, teatro e os típicos números com bandeiras e pandeiretas.
Durante a primeira parte do espetáculo, fomos apresentados a uma rapariga cuja atuação era a última. Com dificuldades em escrever um e-mail de despedida, é visitada por vários fantasmas, como n’O Conto de Natal. Rimo-nos muito ao ver o seu passado, presente e futuro. Ficámos a conhecer também outros fantasmas, como o da “festa” e o do “grupo de bandolins”, que relembraram à nossa protagonista o quão bem os anos na tuna lhe tinham feito.
Durante o concerto, ouvimos testemunhos emocionantes de primeiras e últimas atuações. Um novo membro afirmou que era “muito bom ver a alegria das pessoas e pensar que é a primeira (atuação) de muitas”. Já as pessoas prestes a partir disseram estar a sentir um tsunami de emoções e que, apesar de a escstunis não ser um mar de rosas, foi um lugar para espairecer e onde se viveram momentos maravilhosos, acompanhados de muito suor e lágrimas.
Foi também dado um conselho aos mais novos: “Não dar os aplausos como garantidos”, para se continuarem a esforçar e a dar sempre o seu melhor.
Esta atuação com um nome enganador contou com muitos originais, tais como 1755, Teu Sorriso, Sonhando e Imperial, mas também com adaptações, como Vocês Sabem Lá. O público, sempre animado, cantou, dançou e chorou. A emoção estava no ar e ninguém ficou indiferente a este concerto tão especial.
O ambiente ficou marcado por muitas despedidas, lágrimas, orgulho e nostalgia. Após um agradecimento aos familiares por “compreenderem, ou serem obrigados a compreender,” as horas que os membros dispensam para a tuna, houve uma breve reflexão sobre como estava a ser voltar aos palcos desde a pandemia: “Não se vêm os sorrisos, mas imagina-se que lá estão”.
Num último momento, foram chamadas ao palco pessoas que já tinham tido a sua última atuação, algumas recentemente, mas outras já há muito tempo. O palco preencheu-se de tunantes das mais variadas gerações. Com saudades, e a relembrar os velhos tempos, o concerto foi encerrado ao ritmo de Olh’á escstunis.
Na afterparty, a ESCS Magazine teve o prazer de falar com uma ex-tunante e com um novo membro.
Às duas foi feita a mesma pergunta: “O que é a escstunis para ti?”
Para a ex-tunante, a escstunis é “casa”: “Recebeu-me em 2011 e chegou a hora de a ver deste lado”, afirma.
Já o novo membro, revelou que “é difícil especificar, mas (é) crescimento, acima de tudo”. “Aprendes a comunicar, ganhar genica, comunicar com os outros e é um sítio perfeito para trabalhar a empatia. Significa amigos, festas, música, abraços, tudo”, acrescenta entusiasmada.
Perguntámos à ex-tunante qual era a sua melhor memória na escstunis, ao que nos respondeu que foi quando, como coordenadora de uma comissão artística, viu pela primeira vez um espetáculo que foi totalmente mudado à última hora e que ninguém pensava que fosse acontecer da maneira que aconteceu. “Foi incrível ver uma coisa em que trabalharam tanto e que até quase ao último dia não acreditavam que fosse acontecer assim”, revela.
Quando à Última Atuação, a ex-tunante não coloca de parte regressar à Tuna porque “todas as atuações são uma boa última atuação, nunca sabemos o dia de amanhã”. “A minha última atuação teria sido há dois anos atrás; e voltar quando muitos de nós já fizeram a sua vida torna esta atuação muito emotiva, pois significa retomar muitas coisas”, confessa.
Para a nova tunante, esta primeira atuação foi ocupada por nervos, mas também por uma grande felicidade: “Foi muito bom, estava muito nervosa, mas olhar para as pessoas todas que lá estavam confortou, e o público foi incrível. Estive muito tempo do lado de lá e sempre quis entrar para a tuna, por isso estou muito feliz.”
Assim, com 27 anos de vida, a escstunis continua a surpreender o público e, sobretudo, a ver novas caras entrar e outras a despedirem-se, sem nunca esquecer cada momento vivido. A emoção é sempre muita e a tuna será sempre uma segunda casa para os seus tunantes e um orgulho para Escola Superior de Comunicação Social.
Artigo revisto por Ana Sofia Cunha
AUTORIA
Com 19 anos de vida, Ana alia a sua paixão por animais, fotografia e música ao mundo da comunicação. Sempre gostou de contar histórias, de escrever, de ler e ainda arranjava espaço para falar pelos cotovelos. Criativa, determinada e sempre disposta a ajudar o outro, a Ana vê no jornalismo o privilégio de poder conectar o mundo e as pessoas.
A Mariana sempre foi apaixonada por palavras, o que a levou a escolher o curso de Jornalismo. A escrita e a leitura estão presentes na sua vida, nomeadamente no seu bookstragram (@books.mariana) e no seu booktok (@_marianalouro_). Na ESCS Magazine já escreveu de tudo um pouco: artigos sobre Moda e Lifestyle, Literatura e cobertura de eventos. Atualmente é Vice-Diretora e Editora Executiva.