3 Séries Para Quem Gosta de Comédias Românticas
Ao longo dos anos, a Netflix tem tido o hábito de produzir programas e filmes para além de fazer stream. Muito do que eles têm lançado recentemente vem num formato mais atrativo para quem apenas se quer distrair depois de um dia cansativo: com poucas temporadas e episódios curtos. É o caso de The Umbrella Academy, You e Sex Education – grandes sucessos entre os “Originais Netflix”. Acrescentei, portanto, mais um requerimento: que as temáticas fossem leves, como comédias românticas no bite size ideal. Depois de algumas horas de experimentação, trago-vos o meu TOP 3.
Amigos da Faculdade
Com um total de 2 temporadas (com 8 episódios em cada), tem a mesma estrutura de séries já aclamadas, como Friends e How I Met Your Mother. Gira em torno de 6 amigos – Lisa (Colbie Smulders), Ethan (Keegan-Michael Key), Nick (Nat Faxon), Marianne (Jae Suh Park), Sam (Annie Parisse) e Max (Fred Savage). Estes conhecem-se há décadas, mais especificamente desde a época em que estudaram em Harvard.
Agora, com quarenta anos e suas vidas encaminhadas, reúnem-se apenas para descobrir o que reinventar em si mesmos e nos seus relacionamentos. A maior problemática assenta nos relacionamentos amorosos que existem entre os protagonistas. Ao longo dos episódios, vemos o quão difícil é desapegar para evoluir – algo que os leva a confusões desde o centro de Nova York até aos casinos de Atlanta. A série foi cancelada após a segunda temporada, deixando no seu último episódio algum espaço para a possibilidade de novas considerações.
Lovesick
Apesar de ter um elenco que seguiu para grandes novos projetos, como é o caso do ator Daniel Ings, que interpretou Luke e que agora está na aclamada The Crown, Lovesick é conhecida na internet como “a série Netflix que ninguém viu”.
A sitcom britânica de 3 temporadas (com uma média de 8 episódios em cada) narra a forma como Dylan (Johnny Flynn) repara uma vida amorosa que estava em pedaços. Duas linhas temporais ocorrem ao mesmo tempo: conforme Dylan, no presente, comunica às suas ex-parceiras que foi diagnosticado com clamídia, viajamos para o passado e vemos como foram os seus namoros e o porquê de estes terem acabado.
Ao colorido que já conhecemos, por ser uma série que gira em torno de um grupo de amigos nos seus vinte e poucos anos, agregam-se as paisagens londrinas e do interior da Inglaterra. A evolução ocorre no passo ideal e creio que a série acabou no timing perfeito: dá-nos um bom final sem correr o risco de estragar o gosto que temos pela série com invenções e extensões à trama. A sensação é, portanto, de que estamos a assistir a uma comédia romântica aos bocados.
Atypical
É difícil não gostar de Atypical da mesma maneira que neurotípicos acham difícil falar sobre autismo. A série gira em torno de Sam Gardner, que aos 18 anos decide que vai começar a namorar, tendo assim de lidar com todos os obstáculos de estar no espectro relacional. A sua família, que vivia organizada de maneira a poder ajudá-lo, abala-se quando este se torna independente.
Em 2 temporadas de 9 episódios vemos como essa mudança é mais problemática para os seus pais, amigos e a sua irmã, do que propriamente para Sam. O jovem desvenda alguns dos hábitos que fazem parte da nossa natureza, como elementos da linguagem corporal ou mesmo mentir. Sam traduz em regras e biologia aquilo que não consegue compreender diretamente sobre relacionamentos – uma outra perspetiva para ver situações pelas quais todos nós passamos.
Renovada agora para uma terceira temporada, Atypical não tem medo de mostrar todas as verdades sobre estar no espectro do autismo, nem de falar sobre alguns dos amargores que existem em todas as residências familiares.
Fonte “thumbnail”: Collider
Artigo revisto por: Ângela Cardoso
AUTORIA
Michelle tem 20 anos e faz muitas perguntas desde que se conhece por gente. Criou o primeiro site numas férias de verão enquanto criança e apaixonou-se por escrita e fotografia. Algum tempo e vôos internacionais depois, entrou em Jornalismo na ESCS, a escolha acertada para si. Não limita os seus assuntos, secções e cantinhos a visitar. Teve na Magazine um megafone enquanto Editora de Opinião.