Conhece a Marta Neves: estudou na ESCS e faz parte da equipa do Big Brother
No artigo de hoje dou-te a conhecer o percurso da conhecida Marta Neves que estudou Jornalismo na ESCS e é atualmente repórter digital do Big Brother, na TVI.
Com um bom humor contagiante e constante, a ex-escsiana conta que inicialmente o seu plano era trabalhar na área da saúde na qual já se encontrava a estagiar antes de entrar para a ESCS.
Foi durante este estágio que percebeu que o que ambicionava realmente era trabalhar na área da comunicação e, por isso, a 15 dias dos exames nacionais escolheu dedicar-se a português e sociologia. Fez a sua pesquisa sobre qual seria a melhor faculdade e descobriu a ESCS, ficando muito interessada pelo facto de ter uma componente prática que muitas outras universidades não tinham.
Assim, a ESCS foi a sua primeira e única opção na hora da candidatura. O pensamento foi “ou entro na ESCS ou continuo no sítio onde estou e deixo a ideia de ser jornalista na gaveta”.
Para a Marta o Jornalismo é criação de conteúdos e, por isso, na sua opinião o curso devia ser atualizado por estar muito focado nas formas tradicionais de transmissão e disseminação de informação e do conteúdo. Acrescenta ainda que é na área de produção de conteúdos que muitos recém licenciados vão acabar por ser acolhidos e recebidos, e que também vai ser nesta área que vão conseguir ter melhores condições. “Gostava que o curso acompanhasse mais a realidade cá de fora”, conta.
A ex-escsiana garante que a produção de conteúdos tem e deve ser transversal a várias áreas: “O que aprendemos em jornalismo vai servir para utilizarmos e adaptarmos o conteúdo ao veículo que vamos usar. Temos de saber conduzir uma entrevista que não seja no âmbito do jornalismo tal como saber escrever para o entretenimento, por exemplo”.
Enquanto escsiana fez parte da equipa do E2, participou na formação do Oitava Colina e também integrou a equipa dos Commie Awards.
A criativa e determinada Marta descreve a ESCS através da palavra aprendizagem e vida, visto que vivenciou muitas experiências, para além do facto de que foi lá onde conheceu muitos dos amigos com quem conta atualmente: “Foi mesmo uma experiência boa”.
Como ambicionava “jornalismo puro” sente que ter tido o professor José Alberto Carvalho a marcou muito pelo projeto que fez. Para além disto, conta que tem uma estima pelas aulas do professor de Ética e Deontologia Óscar Mascaranhas por todos os seus exemplos práticos, por trazer o mundo e a experiência profissional dele para dentro da sala de aula e por considerar serem aulas muito interessantes.
Para além disto, descreve a professora Carla Medeiros como “MARAVILHOSA” e conta que esta marcou muito os seus colegas também. Considera também que o professor Rúben Neves foi sempre muito próximo dos alunos, e também que gostou muito dos professores de rádio.
Conta ainda que foi através da recomendação do professor Óscar Mascaranhas que conseguiu o seu primeiro estágio na LUSA, no departamento da LUSA TV. A ex-escsiana revela ter gostado muito do estágio e que este lhe deu boas bases de “jornalismo puro”, visto que era feito ao minuto.
Após a licenciatura, Marta fez uma pós-graduação em televisão. A partir daí foi recomendada para uma produtora de televisão e uma coisa levou à outra com o aumento da sua experiência. Hoje, a ex– escsiana garante que os factos de a escola ter um estúdio de televisão e rádio e de já se falar no digital, na altura, lhe provaram que a ESCS já estava um passo à frente, a chegar ao futuro.
Acrescenta ainda que o facto de ter tido essa experiência mais prática se notou no mercado de trabalho, e que quando estava em equipas de trabalho apercebia-se de que tinha colegas de outras faculdades que não tinham experienciado esta vertente prática, o que acabou por ser uma diferenciação positiva.
“A maioria das pessoas que vêm da ESCS são pessoas que estão habituadas a pôr a mão na massa, a saber trabalhar”.
Em adição, diz não se arrepender de nada, mas garante que hoje diria à Marta que entrou na ESCS para se focar na área do digital desde o início e não se fechar tanto na visão que achava querer para si. Ainda assim, desabafa que sente ter tido aquela dita sorte (que deu muito trabalho) por ter tido oportunidades incríveis e experiências únicas.
Para além disto e por fazer parte da equipa do Big Brother, conta que este é um projeto que exige muito de si e que a obriga a estar sempre em cima e a par das notícias relativas à “casa mais vigiada do país”.
“É um comboio de alta velocidade em andamento”, revela a ex-escsiana
Acrescenta que o BB é o projeto que lhe está a dar mais prazer integrar por toda a sua dimensão e pela sua identidade visual. Na prática o que é que a Marta faz no Big Brother?
Vou dar-te a conhecer uma semana na vida da ex-escsiana:
A sua semana começa no domingo, visto que a Marta vai acompanhando a gala do Big Brother no estúdio e cria todos os conteúdos antes, durante e após a gala, como os teasers, os call to action e a entrevista ao concorrente expulso, por exemplo.
À segunda-feira, faz o rescaldo do que aconteceu na gala; na terça-feira, aborda o tema mais comentado nas últimas 24 horas; à quarta-feira, toca numa polémica que tenha existido; na quinta, se houver diário do salvamento, faz esse diário; e à sexta-feira, faz um ranking da popularidade dos concorrentes nas redes sociais.
Para tudo isto, a Marta recolhe informação e faz o contraponto com o que está a ser dito nas redes do BB. Contudo também trata da criação de todos os guiões de entrevista para os lives, que acontecem às terças-feiras, com um ex-concorrente da casa, e às quintas, no Big Live “improvável”, em que são convidadas pessoas que nada têm a ver com reality shows e apenas falam sobre o que acontece na casa.
Por oposição e enquanto criadora de conteúdos, considera o seu canal de Youtube e o seu blogue como o seu espaço para soltar toda a criatividade e ter assim a sua liberdade para criar.
Por fim, garante que existem muitas mais coisas que quer fazer: quer continuar a apostar na formação e continuar o caminho que tem traçado – que a tem deixado muito feliz, orgulhosa e realizada.
A Marta deixa-te algumas dicas:
- “A faculdade é um tempo de laboratório, façam amigos, divirtam-se.”
- “Não se foquem só numa área. Se abrirmos os horizontes, somos capazes até de ter novas experiências e termos contacto com coisas em que não estávamos a pensar e sairmos surpreendidos. Não se fechem para fazer outras coisas para além do que pensaram. Abram-se às possibilidades, aceitem tudo o que vos aparecer à frente para ganharem «estaleca»”.
- “Criem portfólio, criem os vossos projetos, comecem um blog, criem um site, criem um podcast, façam propostas para serem cronistas, criem um canal no youtube, tenham uma base de seguidores.”
- “Faz muitos contactos, dentro e fora do teu curso. Dá-te a conhecer, não tenhas medo de falhar”.
Não fiques a ver navios. Segue os conselhos da Marta, porque ela sabe do que fala!
Quanto mais souberes mais facilmente encontras a tua vaga. Está na hora de arrasares no mercado de trabalho com o espírito escsiano, cheio de vontade e ambição.
Este foi o percurso da ex-escsiana Marta Neves. Inspira-te e desafia-te!
Todas as fotos foram cedidas por Marta Neves
Artigo revisto por Inês Pinto
AUTORIA
Sempre quis pilotar aviões, mas a vida mudou-lhe os planos e descobriu o prazer na escrita. Movida a desafios e curiosidade, a Mariana adora correr, meditar e trabalhar em multimédia. Pensa no futuro mas vive muito o presente, confia na vida e sabe que vai ter sempre um lugar para a escrita. Nasceu em Lisboa mas vive nas Caldinhas, “o oeste é vida”, garante. Perde-se no mar, mas o surf dá-lhe vida.
Caros Ecsianos,
Ao ler o artigo sobre a Marta Neves, o qual me encheu de orgulho, há uma expressão que foi por mim usada em 1988 como argumento à aprovação do meu projecto sobre a Escola (Estúdios de Televisão e os estúdios de Rádio) quando fui convidado pelo Presidente da Comissão Instaladora da ESCS, Dr. António Pinto Leite:
“A maioria das pessoas que vêm da ESCS são pessoas que estão habituadas a pôr a mão na massa, a saber trabalhar”.
Complementada pela frase “assassina” do Dr. António Pinto Leite perante o Primeiro Ministro de então, Prof. Aníbal Cavaco Silva, no dia da sua tomada de posse:
“Se a Escola Superior de Jornalismo (ESJ) for mais uma Escola, será uma Escola a mais”
Era assim que a ESCS dava os primeiros passos, deixando cair da sigla o “Jornalismo” a favor de “Comunicação Social”, dado esta ser mais abrangente.
Eu sempre que queria algo transcendente, a favor da ESCS, usava as expressões anteriores, tendo sido, para mim, um grande orgulho ter servido esta casa na qualidade de Professor da disciplina “Laboratório Audiovisual”, tendo 13 Assistentes a ajudar-me nesta tarefa, dos quais destaco o Dr. Paulo Barbosa, Dr. José Alberto Carvalho e o excelente trabalho do Carlos Costa.
Caros Amigos: Bem hajam
Carlos Alberto Henriques
(Professor Coordenador da ESCS 1988/2003)