Atentado na Nova Zelândia é “um dos dias mais negros da história da País”
Um ataque a duas mesquitas em ChristChurch, na Nova Zelândia, provocou pelo menos a morte de 49 pessoas. Segundo as polícia, as suspeitas apontam para um indivíduo com orientações políticas de extrema-direita. A França e o Reino Unido já aumentaram o policiamento em áreas de culto e de grande concentração de populacional.
Pelo menos 49 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas num ataque terrorista a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. O incidente foi transmitido em direto na Internet e Breton Tarant, o principal suspeito, já foi detido pelas autoridades.
No manifesto “A grande substituição”, Breton Tarant explica que o objetivo do atentado foi de “criar uma atmosfera de medo” e um forte ódio ao islão, pois, segundo o próprio, as comunidades islâmicas são um “um grupo de invasores com o objetivo de substituir etnicamente o mundo em que ele se insere”, colocando em causa a cultura Europeia e, em especial, a cultura Anglo-Saxónica. Ao longo de 74 páginas, Breton Tarant revela também que se inspiriou no terrorista Andrei Breivik, responsável pela morte de 77 pessoas na ilha de Otoya e em Osla, na Noruega.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, reagiu de imediato e indicou o atentado como “um dos dias mais negros da História do País”, tratando-se de “um ato de violência sem precedentes que não tem lugar na Nova Zelândia e que visa atingir refugiados e imigrantes que escolheram fazer da Nova Zelândia a sua casa”. Arden indicou que “esta é a sua casa. Elas são nós (numa referência às vítimas). A pessoa que perpetuou essa violência contra nós não é”, concluiu emocionada.
Em resposta ao dia de Terror na Nova Zelândia, o Reino Unido e a França indicaram que vão “reforçar a presença das autoridades nos locais de culto e nas mesquitas” de forma a responder a possíveis movimentos que estejam a preparar manifestações de ódio contra minorias étnicas. As autoridades de ambos os países indicam ainda uma atenção especial “a sítios de grande concentração popular”, admitindo uma maior precaução face aos ataques em ChirstChurch. As autoridades Britânicas manifestaram disponibilidade para ajudar nas investigações aos atentados.
Fonte fotografia “thumbnail”: irishtimes.com, foto de Martin Hunter/EPA
Corrigido por Liliana Pedro
AUTORIA
Olá, sou o Luís, tenho 27 anos e nasci em Cascais. Vivo desde, quase sempre, em Sintra e sinto-me um Sintrense de gema. Adoro cinema - bem, adorar não é a palavra adequada, venerar parece-me um adjetivo mais justo - e sou também obcecado por política e relações internacionais. Gosto também muito de desporto.