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Com as eleições de 2020 à vista, Trump recupera terreno face aos democratas

Sondagens demonstram que o presidente americano goza de uma intenção de voto que lhe permite sonhar com a reeleição. Numa altura em que a Câmara dos Representantes ameaça investigar o presidente por obstrução à justiça, esta sondagem pode ser decisiva para que os republicanos apoiem Trump até ao fim do mandato.

Fonte- Revista Forbes

Para aqueles que viam a reeleição de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América (EUA), como uma miragem, o sentimento pode ser agora de surpresa. Numa recente sondagem revelada pela NBC e o The Wall Street Journal, o presidente americano goza de uma intenção de voto de 41% contra uma intenção de voto de 48% de um candidato democrata. Recorde-se de que o partido democrata terá eleições primárias que servirão para escolher o candidato do partido à presidência Americana. A diferença entre os dois partidos que dominam a política em Washington está a decrescer e, pela primeira vez em meses, Trump obtém uma desvantagem inferior a 10 pontos percentuais. Claro sinal de que a popularidade do presidente dos EUA não quebrou tanto quanto o esperado, face a um possível conluio entre Trump e os russos nas eleições de 2016, uma investigação que está a decorrer liderada pelo procurador especial Robert Mueller.

A sondagem tornada agora pública não deixa de causar alguma surpresa aos analistas políticos que esperavam um recuo da popularidade de Trump, em especial depois do falhanço das negociações em Hanói entre os EUA e a Coreia do Norte ou da polémica com a Rússia. É importante referir que Bernie Sanders, candidato democrata, apontado como um dos mais sérios adversários de Trump, começou a sua campanha ao ataque, prometendo que “irá derrotar a pessoa mais perigosa da era moderna dos Estados Unidos”. O início da campanha de Sanders, de 77 anos, pode ser decisivo para a recuperação democrata nas sondagens, já que o senador do Estado do Vermont é um dos políticos mais populares em Washington, capaz de mobilizar um público mais jovem, progressista e descontente com o rumo do país.

fonte sputnik news, foto tirada pela AFP, Mandel Ngan

Jerrold Nadler, congressista democrata que preside a Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes, admitiu no canal de televisão ABC que o trabalho dos senadores é “proteger o Estado de direito”, e que “parece claro que o presidente norte-americano obstruiu a justiça – situação que pode levar a uma destituição de Trump”. O cenário de destituição é agora possível, já que os democratas tomaram controlo da Câmara dos Representantes nas recentes eleições intercalares. Apesar desta liderança, os democratas não têm maioria no senado, maioria essa que permanece do lado dos republicanos – que agora, perante a recuperação de Trump nas sondagens, podem convergir a favor do presidente e dar-lhe um caminho aberto para poder concorrer a uma reeleição. Recorde-se de que o último presidente americano a não obter a reeleição nas presidenciais foi George Bush pai, que em 1992 perdeu a eleição para um segundo mandato para Bill Clinton.


Artigo revisto por: Andreia Jesus

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Olá, sou o Luís, tenho 27 anos e nasci em Cascais. Vivo desde, quase sempre, em Sintra e sinto-me um Sintrense de gema.  Adoro cinema - bem, adorar não é a palavra adequada, venerar parece-me um adjetivo mais justo -  e sou também obcecado por política e relações internacionais. Gosto também muito de desporto.